A superestrela sofre de estresse pós-traumático e afirma que, com frequência, tem flashbacks que remetem a época de sofrimento e dor.
Quando nos deparamos com a notícia do lançamento de um documentário biográfico sobre Tina Turner, já era de se esperar que o longa traria revelações bombásticas sobre a vida pessoal e artística da superestrela. E assim aconteceu. Intitulada 'Tina', a produção mostra os problemas de saúde que a cantora enfrentou nos últimos anos, além de diversos relatos sobre os traumas que vive até hoje por conta de um relacionamento conturbado com Ike Turner, seu ex-marido.
O documentário foi dirigido por Dan Lindsay e T.J. Martin, estreou na HBO americana em 26 de março, mas ainda não tem data para chegar ao Brasil. A produção tem como tema principal as agressões vividas por Tina ao lado de Turner, de quem se divorciou em 1978. Apesar do triste capítulo da vida da diva já ser conhecido por grande parte do público, essa é a primeira vez que ela fala abertamente sobre tudo que aconteceu nos bastidores conturbados de um relacionamento extremamente abusivo. Em um dos relatos emocionantes, Tina fala até sobre uma tentativa de suicidio em 1968, quando ingeriu mais de 50 pílulas para dormir antes de um show. “Eu não estava interessada em contar aquela história ridiculamente embaraçosa da minha vida. Mas eu senti que essa era uma maneira de tirar os jornalistas do meu pé”, diz Tina em um trecho.
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Os espancamentos, violência sexual e psicológica geraram muitas sequelas. Atualmente, Tina sofre de estresse pós-traumático e afirma que, com frequência, tem flashbacks que remetem a época. O alemão Erwin Bach, atual marido, compara o sofrimento da esposa com o mesmo nível de estresse dos combatentes após voltarem da guerra.
Além de todo o sofrimento vivido no passado, Tina Turner revelou que, em 2013, sofreu um derrame e viu sua saúde se deteriorar. Três anos depois, foi diagnosticada com câncer intestinal, que comprometeu o funcionamento de seus rins. Junto ao triste diagnóstico veio a surpresa, o marido prontamente decidiu doar um de seus rins para Tina, em uma atitude que ela considerou “chocante pela enormidade da oferta”.
As tristezas de Tina não pararam e em 2018 seu filho Craig se suicidou, aos 59 anos, por conta de uma severa depressão. Para se confortar e resgatar suas forças, a cantora se converteu ao budismo. “O budismo me encontrou. O abuso que sofri nos meus 20 e 30 anos tornou-se óbvio para as pessoas ao meu redor e, em diferentes momentos, várias delas sugeriram que eu aprendesse sobre o budismo.”
Apesar de todo o sucesso e de uma fortuna avaliada em mais de 2,1 bilhões, o ícone do rock’n’roll teve uma vida marcada pela dor, tristeza, doenças e perdas. Humanizando uma das mulheres mais emblemáticas e importantes do cenário artístico mundial.
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