A ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) diz que está preocupada com a enxurrada de produtos chineses no Brasil. Ainda com saldo negativo de 26 mil postos de trabalho desde o início da crise (foram fechados 38 mil postos no pior momento e recuperados 12 mil), a associação quer garantir que as compras governamentais de produtos têxteis levem em consideração as vantagens que os chineses têm na exportação, como por exemplo, o câmbio desvalorizado e a mão-de-obra mais barata.
De acordo com o presidente da ABIT, Aguinaldo Diniz Filho, o custo da mão-de-obra brasileira é 367% maior que a chinesa. Já os custos com despesas financeiras são 292% maiores; enquanto os gastos com depreciação são 68% superiores no Brasil. Isso tudo somado ao câmbio artificialmente desvalorizado faz com que o produto têxtil chinês chegue ao país com um custo mais baixo que o normal. A diferença no preço do vestuário de malha chega a 133%; no tecido de malha, 96%; na calça jeans, 93%; e no tecido denim, 30%.
- Queremos que o governo leve em consideração esses percentuais na hora de efetuar as compras governamentais. Eles seriam aplicados aos preços chineses para criar condições isonômicas de competitividade - explicou Diniz.
Para se ter uma ideia de como o produto chinês chega barato ao Brasil, enquanto o Brasil importa vestuário da China a US$ 13,63 o quilo, importa de outros países a US$ 19,73. Ou seja, a China vende com preço 30,91% menor.
Fonte: Abit
Jornalista responsável pela publicação da matéria no site Guia Têxtil: Marli Rudnik (SC 484 JP) / New Age Comunicação
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