Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Acabou? The Economist avalia como assustador o cenário de crédito brasileiro

Acabou? The Economist avalia como assustador o cenário de crédito brasileiro

Por InfoMoney

SÃO PAULO - A revista britânica The Economist publicou uma reportagem na qual analisa o “boom” de crédito pelo qual o mercado brasileiro vem passando nos últimos anos. De acordo com a publicação, o cenário de crédito no Brasil pode estar atingindo seu topo. A publicação, inclusive, adjetivou a situação atual como “assustadora”.

Segunda a análise, a proporção do crédito no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro praticamente dobrou nos últimos 10 anos. A expansão foi impulsionada pela facilidade ao crédito imobiliário, sendo que os preços dos imóveis nas grandes cidades mais do que dobrou nos últimos cinco anos.

A indústria automobilística também fez parte desse boom, com a facilidade dos financiamentos, a cada ano que passa as vendas de carros atingem novos recordes. A grande questão, que justifica o uso do termo assustador é que a expansão de crédito foi acompanhada pelo aumento da inadimplência. A revista cita o nível de 6% - para atrasos superiores a 90 dias – que acaba de bater recorde histórico.

O governo, por sua vez, ao invés de trabalhar para reduzir o crédito, está incentivando seu uso. Em 2009, quando a recessão global desanimou os consumidores brasileiros, as políticas do governo aturam no sentido de reduzir os impostos sobre vendas e as taxas de juros para reavivar a demanda.

Agora, com a economia desaquecendo novamente, já que cresceu apenas 2,7% em 2011 e a expectativa é de que o crescimento seja ainda menor em 2012, o governo vai adotar a mesma estratégia. A revista ainda cita a queda de juros anunciada na última quarta-feira pelo Copom, que levou a Selic a 8% - a taxa estava a 12,5% em agosto do ano passado – sendo que novos cortes já são esperados.

Lembrando que as reduções de juros fazem com que os bancos públicos cortem suas margens e emprestem mais dinheiro. E os bancos privados acabam sendo pressionados a fazer o mesmo. A revista, entretanto, pontua que a freada na expansão do crédito não é motivo para pânico.

Enquanto a mercado de trabalho se manter forte, a maior parte dos brasileiros que possui empréstimos serão capazes de pagar suas contas sem grandes dificuldades, mesmo em clima desaceleração econômica.

“O desemprego está perto de uma de suas menores taxas e a massa salarial ainda esta em crescimento, embora mais lentamente do que antes”, avalia a revista.

 

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Comentário de Rinaldo Luiz Lopes em 17 julho 2012 às 12:47

Opa, é preciso um cuidado enorme para não generalizar a palavra crédito.
Crédito ao consumidor para adquirir carros de passeio e apartamentos de médio a alto padrão, é realmente muito preocupante, pois cria uma bolha de consumo maquiando a real e atual atividade economica, expande falsamente a base monetária, e outros males a serem listados.

CRÉDITO ao setor produtivo. A ENORME quantia de dinheiro em poder do setores de investimentos do governo e nas mãos dos bancos privados parecem atender somente a poderosas empresas e investidores externos, os pequenos, médios e grandes empresario tem uma dificuldade enorme de ter acesso a estes recursos.
Quando era jovem já ouvia uma velha frase que ainda é atual ( OS BANCOS SÓ EMPRESTAM PRATA A QUEM TEM OURO). 

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