Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Algodão adensado será um dos temas discutidos no 8º Congresso Brasileiro do Algodão



Um novo sistema de cultivo que vem sendo experimentado no cerrado brasileiro é o plantio do algodão adensado, técnica que diminui o espaçamento entre as plantas

 

 

 

No sistema de plantio convencional o algodão é semeado com espaçamento entre as linhas de 0,76 a 0,90m, com uma densidade que varia de 90 mil a 120 mil plantas por hectare. Já no plantio adensado esse espaçamento cai para 0,38m entre as linhas e a densidade sobe para 180 mil a 250 mil plantas por hectare. A técnica vem sendo empregada há três anos em diversas propriedades dos estados do Mato Grosso e da Bahia.

 

O pesquisador e chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, Odilon Reny Ribeiro, explica que esse sistema não substitui o plantio convencional, mas pode ser uma alternativa para o plantio da safrinha. “Nesse sentido, o modelo vem sendo avaliado com o objetivo de tornar o sistema de produção mais competitivo, via redução do ciclo e de custos de produção da cultura e garantia de um maior retorno econômico por área de cultivada, se comparado ao cultivo do algodoeiro convencional”, afirma.

 

Uma das desvantagens apontadas pelo pesquisador da Embrapa Algodão é que ainda não existe uma máquina colheitadeira adequada para esse sistema. “Por se tratar de um sistema ainda em fase de experimentação, ele apresenta vantagens e desvantagens. No sistema convencional são usadas máquinas do tipo ‘picker’, com fusos, que não são adequadas para o cultivo adensado. Nesse sistema, vem sendo utilizada uma colhedeira chamada ‘striper’, que tem espécies de pentes para colher o algodão, mas também acabam colhendo as ramas e brácteas da planta, com isso, o algodão fica muito sujo, com uma média de 17% de impurezas, enquanto o algodão colhido na máquina convencional tem 7% de impurezas. Ou seja, o produtor vai necessitar de dispositivos extras de limpeza para o algodão adensado”, avalia.

 

Odilon destaca também que ainda faltam informações para que os produtores conheçam quais as cultivares mais adequadas, dinâmica das pragas, doenças e ervas daninhas, eficiência da colheita e qualidade da fibra. “Conscientes do crescimento das áreas plantadas nesse sistema e da demanda por informações sobre o assunto, esse será um dos principais temas a serem discutidos no 8º Congresso Brasileiro do Algodão”, informa o pesquisador, que é um dos integrantes da comissão científica do evento.

 

Durante o Congresso, o algodão adensado será debatido em mesas redondas e salas especiais com representantes das principais instituições de pesquisa do país e fabricantes de máquinas colheitadeiras. Também haverá um mini-curso sobre esse tema para os produtores no primeiro dia do evento.

 

O 8° Congresso Brasileiro do Algodão & Cotton Expo 2011, será realizado em São Paulo, de 19 a 22 de setembro, com o objetivo de apresentar e reconhecer o valor da pesquisa científica para o aprimoramento da cotonicultura no Brasil, que já se destaca entre os principais produtores mundiais da fibra.

 

 

Fonte: ExpressoMT

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