O algodão ultrapassou os dois dólares por libra-peso em
Nova Iorque pela primeira vez na sua história. O máximo de sempre deveu-se à maior procura de vestuário na
China, o maior consumidor e importador do produto, resultante dos receios de menor oferta da matéria-prima.
Os futuros do algodão seguem nos 2,0193 dólares por libra-peso, subindo 3,7%, liderando os ganhos do segmento na sessão de hoje. Desde o início do ano, a matéria-prima já valorizou 35%, o melhor desempenho das 19 “commodities” negociadas no índice CRB da Reuters/Jefferies, tendo mais do que duplicado o seu valor num ano.
As cheias na
Austrália e no Paquistão e as secas na
Rússia levaram a uma redução da oferta, numa altura em que as fábricas estão a comprar mais fibra de algodão, na sequência da recuperação económica - que leva a uma maior confiança e aumento do consumo.
No que diz respeito à campanha agrícola iniciada a 1 de Agosto passado, China deverá consumir 47 milhões de fardos de algodão, excedendo a produção nacional em 30 milhões, o que poderá fazer cair as reservas para os 42,8 milhões de fardos, naquele que será o volume mais baixo desde 1996, de acordo com dados do departamento norte-americano da Agricultura.
“Considerando que atingimos os 2 dólares, que era a meta apontada por muitos para o curto prazo, para onde é que caminhamos? É um ambiente de verdadeira incerteza”, salientou Luke Mathews, do Commonwealth Bank of Australia, em declarações à Bloomberg.
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