São Paulo. Ao mesmo tempo em que anima produtores, a alta histórica no preço do algodão está gerando uma crise em polos têxteis do País e ameaça empresas centenárias.
A situação mais grave é em Brusque (SC), cidade tida como berço do setor em Santa Catarina. Com dificuldade na compra da matéria-prima, a Schlösser, fundada em 1911, colocou 450 trabalhadores em licença remunerada e paralisou as atividades. O problema atinge outras regiões, como São Paulo, Ceará e Minas Gerais.
O presidente do Sindicato da Indústria Têxtil do Ceará (Sinditêxtil/CE), Ivan Bezerra Filho, já havia lamentado a alta do algodão. "É um insumo que nos preocupa, porque em um ano teve uma alta expressiva de 300% no seu preço", afirmou em janeiro passado. Procurado ontem pela reportagem, ele não foi localizado.
Outras indústrias, como a Buettner e a Renaux, planejam a redução de setores e parcelam o pagamento dos funcionários. "Nunca passamos por uma crise como essa´´, conta o diretor-presidente da Buettner, João Henrique Marchewsky. Segundo ele, há dificuldade em repassar os preços para o varejo.
Em Americana (SP), um dos principais polos de tecido nacional, há ao menos 60 teares parados nas fábricas, segundo o sindicato local. As empresas reduziram seus turnos de trabalho de 20 para 16 horas.
O aumento dos preços do algodão começou em outubro de 2009 -época em que o mercado mundial começou a sinalizar a ausência de estoques do produto - e se tornou mais visível a partir de agosto passado. Desde então, os recordes são praticamente diários.
FONTE: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=931327
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