Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Ano desponta com boas perspectivas para a fibra baiana

Fonte:|jornalnovafronteira.com.br|

Texto Catarina Guedes


Salvo o câmbio, que ainda compromete a remuneração nas exportações, os principais fatores condicionantes do sucesso da cotonicultura baiana em 2010 apontam positivamente. Melhoria dos preços no mercado internacional, o arrefecimento da crise mundial e as chuvas intermitentes no plantio e desenvolvimento das lavouras animam os produtores, tanto para a safra em curso, mas, especialmente, para 2010/11. Segundo a Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), a expectativa é de que a área plantada retorne aos patamares de 2008 na Bahia, quando o algodão ocupava por volta de 300 mil hectares.


“O mundo está emergindo da crise e, de uma maneira geral, há otimismo em todo o setor. Será um novo ano de retomada do crescimento econômico, com aumento das exportações e preços melhores”, vislumbra o presidente da Abapa, João Carlos Jacobsen. No mercado mundial, o preço da commodity aumentou em torno de 67%. Em março de 2009, chegou a custar US$0,45 por libra-peso, o menor valor daquele ano, e, na primeira quinzena de janeiro de 2010, alcançou US$0,75.


“É, sem dúvida, uma realidade muito mais interessante e animadora. Mas, nem tudo é motivo para comemorar. Esse aumento não é absorvido totalmente com o câmbio atual, de R$1,76. Ao meu ver, o dólar a R$2 seria o ideal para garantir a sustentabilidade não apenas do setor rural, mas da economia brasileira”, afirma. Jacobsen enfatiza também as boas condições climáticas do momento, como catalisadoras da qualidade da fibra baiana. “Está chovendo do jeito que o algodão gosta: de forma intermitente, e no período certo. Se voltarmos a ter estiagem na colheita, temos tudo para colher um algodão excelente aqui”, garante.


Metas institucionais - Em 2010, a Abapa, que completa este ano 10 anos de existência, vai intensificar seus esforços para atrair para o Oeste uma indústria de fiação. Segundo Jacobsen, este é o caminho natural da atividade da região, que hoje já ocupa o posto de segundo maior produtor nacional de algodão, e é reconhecida como a melhor região do país, e uma das melhores do mundo, em qualidade da fibra. A entidade também vai encampar na Bahia o Programa Socioambiental da Produção de Algodão (PSOAL), um projeto criado pela Abrapa para incentivar e adequar a cadeia produtiva do algodão, fornecendo orientações em relação às legislações trabalhista e ambiental vigentes no país.


Entre as prioridades da Abapa, também estão a construção/implantação do Centro de Treinamento de Operadores de Máquinas em parceria com a John Deere, unificar e divulgar a melhoria no processo de classificação, iniciando as atividades no Laboratório de Classificação de Pluma do Rosário, no município Correntina, além de implantar um programa de ação social voltado para instrumentalizar os moradores da comunidade local, para que eles possam ter um ofício e prover seu próprio sustento, a partir do algodão.

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