Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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APRENDAM O QUE É IMPRENSA SÉRIA – Na semana em que mensaleiros vão em cana, capa da “Carta Capital” chama a atenção para o risco de extinção de uma perereca

Vou imitar os petralhas nas redes sociais e quando tentam invadir a área de comentários do blog: “Quá, quá, quá…” “Rarararara”… “Kkkkk”. Não sei imitar o som dos zurros. Na semana em que o Supremo decretou a prisão dos mensaleiros; na semana em que José Dirceu, Delúbio Soares, José Genoino e uma banqueira foram em cana por causa do mensalão, Mino Carta continua a assombrar o jornalismo mostrando como é que se faz. A capa da “Carta Capital”, generosamente bancada por patrocínio de estatais, chama a atenção para a extinção de uma perereca.

Sim, leitor amigo, um mundo sem pererecas seria certamente infernal, mas digamos que o assunto poderia ficar para a semana que vem, não é? O apocalipse das pererecas ainda tardará um pouco. Vejam.

Carta Capital

É claro que Mino faz isso para a chamar a atenção. Assim, ficaria evidenciada uma suposta conspiração midiática — entenderam? —, à qual a Cartilha Capital não aderiria para demonstrar, coisa de que ninguém duvida, que faz jornalismo de outra natureza. Um leitor me mandou a imagem. Achei que estivesse me sacaneando; cheguei a pensar que era uma dessas brincadeiras da Internet… Entrei no site da revista. É tudo verdade.

Nem no site a prisão dos mensaleiros merece destaque. Nada disso! A revista prefere anunciar que “Dilma cospe fogo”, revoltada com a paralisação das obras. Entendi. A Cartilha certamente escreveu um texto demonstrando que a presidente faz muito bem em lutar para que obras que roubam dinheiro público tenham continuidade. É coisa de gente com moral superior.

Agora entendi por que tantos vagabundos, alguns disfarçados de jornalistas, e congêneres no feminino ficaram tão furiosos quando passei a assinar uma coluna na Folha. Quem deveria estar lá, no meu lugar, é um desses defensores fanáticos do sapo cururu.

PS: E aquele “aguenta firme”? Isso mereceria um ensaio de semiótica. Coragem, perereca!

Por Reinaldo Azevedo

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