Reuters
Dois juízes do Supremo Tribunal do Bangladesh ordenaram a proibição, alegando que o filme intitulado "The Rana Plaza", o mesmo nome do complexo fabril, violava uma anterior deliberação da alta instância relativa à exibição de imagens do desastre.
"O tribunal avaliou um recurso apresentado por um grupo de trabalho e proibiu a exibição do filme no Bangladesh e no estrangeiro por um período de seis meses", afirmou, em declarações à agência francesa AFP, o procurador-geral adjunto Mokleshur Rahman.
Segundo o representante, os juízes consideraram que o filme podia ter impacto negativo na imagem internacional da indústria do vestuário do Bangladesh, mas também provocar problemas de segurança pública a nível interno.
A indústria do vestuário no Bangladesh representa 25 mil milhões de dólares (cerca de 21,5 mil milhões de euros) por ano em exportações.
Com uma duração de 137 minutos, o filme ia ser exibido, a partir de 04 de setembro, em mais de 100 cinemas em todo o país. Em julho, o filme foi autorizado por uma comissão de censura estatal.
O filme é centrado no dramático resgate de Reshma Akhter, uma trabalhadora de 19 anos que foi retirada dos escombros do edifício de nove andares 17 dias depois da derrocada.
Imagens de Reshma Akhter a ser retirada dos destroços foram colocadas nas primeiras páginas de jornais em todo o mundo e transformaram a jovem numa heroína nacional.
A jovem casou entretanto com o seu namorado e foi contratada para trabalhar num hotel gerido por grupo internacional.
"O filme 'The Rana Plaza' é também sobre a história de amor de Reshma Akhter, que tem tentado chamar a atenção para as condições de vida de milhões de mulheres que trabalham na indústria do vestuário do país", disse o realizador do filme Nazrul Islam Khan, também citado pela AFP.
"Não sei o que levou o tribunal a proibir o filme. O filme é sobre a tragédia que aconteceu no complexo fabril", afirmou o realizador, acrescentando que poderá recorrer desta decisão, uma vez que já tinha cortado as cenas que tinham sido consideradas como "demasiado cruéis" pelos censores.
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