Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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BNDES reduz taxa e eleva crédito para exportação

Por: Interface

O governo anunciou nova redução de taxas de financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o aumento de recursos para empréstimos destinados à produção de bens para exportação. As mudanças foram feitas na linha Exim Pré-Embarque, que faz parte do pacote de incentivo ao crédito anunciado em janeiro.

O montante destinado às linhas passou de R$ 4 bilhões para R$ 15 bilhões e os juros caíram em até 4 pontos porcentuais, a depender do produto financiado. Também houve ampliação de R$ 300 milhões no orçamento do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) para o ano agrícola 2015/2016, que termina em 30 de junho. Com isso, o orçamento do Moderfrota passou para R$ 4,04 bilhões.

O anúncio de redução de taxas para o financiamento a ex- portadores foi contaminado pelo atual momento político. Diferente dos grandes eventos do passado, num pequeno auditório para pouco mais de 50 pessoas no Ministério do Desenvolvimento, o ministro Armando Monteiro e o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, lembraram as dificuldades enfrentadas pela economia e ressaltaram que incentivos às exportações são importantes para superá-las.

“Exportação é uma das portas de saída para o momento econômico que vivemos. Uma economia moderna como a brasileira só funciona se o crédito estiver funcionando normalmente e estamos trabalhando em várias ações microeconômicas para dar eficiência ao uso de recursos disponíveis”, disse Oliveira.

Para Monteiro, as medidas são “oportunas” e constituirão reforço importante para o setor exportador. Ele lembrou que o Mercosul está próximo de trocar uma oferta de um acordo comercial com a União Europeia, marcada para o fim de maio, o que abrirá oportunidades para as empresas brasileiras. “A demanda para exportações se amplia com retração no mercado doméstico e câmbio. Tenho certeza que as linhas do BNDES para exportação serão demandadas efetivamente.”

Para o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o País vive momento de redução na demanda de crédito e redistribuição para outras fontes. Segundo ele, áreas como as de infraestrutura, equipamentos, agronegócios e exportação ainda têm demanda por financiamentos. “A falta de crédito para exportação poderia comprometer recuperação da economia”, disse. O presidente da Anfavea, Luiz Moan, avaliou positivamente as medidas. “Vivemos um período de excelentes oportunidades no comércio exterior e, neste contexto, medidas para reduzir custos, tornar mais ágil e simplificar os processos são extremamente benéficas para alavancar as exporta- ções brasileiras”, afirmou.

Custos
O custo base das linhas de pré-embarque para bens de capital e para micro, pequenas e médias empresas passou a considerar 100% a TJLP, hoje em 7,5% ao ano. Anteriormente, era de 50% a 70% TJLP, mais Selic. Não há subsídio do Tesouro Nacional. Será acrescido ainda o spread do BNDES, o que elevará as taxas para entre 9,10% e 15,75% ao ano, dependendo do produto financiado. O custo final para o tomador, porém, ainda depende do spread do agente repassador do empréstimo.

FONTE: AGÊNCIA ESTADO

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