SÃO PAULO - A Bovespa chegou a sua quarta semana seguida de ganhos nesta sexta-feira. Desde o fundo do poço do ano (44.966 pontos), atingido em 14 de março, o Ibovespa já avançou 15,3%. Mais uma vez, os estrangeiros garantiram a alta do mercado brasileiro hoje, após três pregões de perdas modestas. Segundo operadores, a proximidade do vencimento de opções sobre Ibovespa e índice futuro, na próxima quarta-feira (16) tem feito com que os estrangeiros sustentem o mercado em alta, uma vez que eles carregam grande posição comprada.
Segundo dados da BM&FBovespa, os estrangeiros estavam com posição líquida comprada de 76.105 contratos de Ibovespa Futuro até ontem (10), enquanto os investidores institucionais locais mantinham saldo de 57.399 cont ratos de venda do índice. No mercado à vista, o fluxo de entrada de recursos estrangeiros também segue forte. No acumulado de abril até o dia 9, a bolsa registrava entrada líquida de R$ 1,878 bilhão.
O mercado local ignorou, mais uma vez, o comportamento das bolsas americanas, que recuaram após o J.P. Morgan divulgar balanço do primeiro trimestre abaixo do esperado pelos analistas. A liquidação de ações de tecnologi a também continuou a todo vapor em Wall Street. Dow Jones caiu 0,89%, S&P 500 perdeu 0,95% e Nasdaq recuou 1,34%.
O Ibovespa subiu 1,45%, para 51.867 pontos, com volume de R$ 6,561 bilhões. A bolsa brasileira acumulou ganho de 1,54% nesta semana. No mês, a alta alcança 2,88% e, no ano, o Ibovespa está positivo em 0,70%.
Entre as principais ações do índice, Petrobras PN sustentou forte alta, de 3,25%, a R$ 16,19, enquanto Vale PNA teve leve ganho de 0,57%, para R$ 29,86, e Itaú PN subiu 2,37%, para R$ 35,3, nova máxima de fechamento histórica do papel.
A única notícia sobre a Petrobras hoje não teve nada de positiva. A Justiça Federal no Paraná expediu mandados de intimação prévia para que a estatal apresentasse documentos, para colaborar com a Operação Lava Jato. Segundo a Polícia Federal, como houve colaboração da Petrobras, não foi necessário o cumprimento de mandados de busca e apreensão para o êxito na obtenção desses papéis.
A Petrobras informou em nota que recebeu hoje e cumpriu imediatamente Ordem Judicial para entregar documentação referente a uma “específica contratação”. A empresa não informou que contratação é essa. Um delegado e três agentes da PF foram recebidos pela presidente da estatal, Graça Foster, em uma sala de reunião.
Já Vale contou com a ajuda da Moody’s, que elevou de estável para positiva a perspectiva das notas de crédito da mineradora. A agência reafirmou todos os ratings da companhia, inclusive a nota “Baa2”, em escala global, e a nota “Aaa.br” em escala nacional. “A mudança na perspectiva, de estável para positiva, reconhece a abordagem mais focada e disciplinada ao desenvolvimento de projetos, a alocação de capital, o redimensionamento do atual portfólio de ativos para segmentos de negócio importantes estrategicamente, o desinvestimento de ativos não estratégicos, e o foco na redução de custo”, escreve a Moody’s em relatório.
Na ponta positiva do índice ficaram Kroton ON (4,65%), Cosan ON (4,13%) e Anhanguera ON (3,66%). Na outra ponta apareceram PDG Realty ON (-5,76%), Sabesp ON (-5,55%) e Klabin PN (-2,19%). As ações da Sabesp apanharam em meio à desistência da Arsesp – a agência reguladora do setor no Estado de São Paulo – de anunciar a revisão tarifária da companhia, sem maiores explicações.
A presidente da estatal, Dilma Pena, foi chamada para uma reunião de última hora no Palácio dos Bandeirantes pelo secretário de Recursos Hídricos, Mauro Arce. Além da dúvida sobre o reajuste das tarifas, a empresa enfrenta a ameaça de racionamento na Grande São Paulo. O nível dos reservatórios do Sistema Cantareira chegou a 12,2% hoje, a pior marca dos últimos 84 anos.
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