Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Petrobras recorre às federações das indústrias de São Paulo e do Rio para elaborar plano de controle do consumo de gás e energia elétrica.

falta de chuvas e a má gestão do setor energético nacional fizeram o país chegar a uma situação limite: o Brasil está às portas de um racionamento ou mesmo de desabastecimento de energia elétrica e de gás. O alerta foi dado na última segunda-feira pela Petrobras às federações das indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e São Paulo (Fiesp). Interlocutores da presidente da estatal, Graça Foster, procuraram as duas entidades para pedir ajuda na elaboração de um plano de racionamento tanto para a energia elétrica quanto para o gás.  Em reação, a Firjan está pedindo ao Ministério das Minas e Energia que esclareça quais providências está tomando para evitar o pior.

As hidrelétricas brasileiras estão gerando menos energia do que são capazes, porque há pouca água disponível. Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste estão no nível mais baixo dos últimos dez anos -- apenas 29,8% do total. Essa é a região que produz 70% da energia do país. A previsão para os próximos meses é de uma quantidade de chuvas menor do que nos anos anteriores. Para evitar apagões, todas as termelétricas do país foram ligadas e estão operando a plena capacidade. Atualmente, 20% da energia gerada no Brasil vem das térmicas. Essas usinas podem ser movidas a gás, carvão ou óleo. Dos três, o gás é o insumo mais barato e mais limpo. Além do produto que vem do gasoduto Brasil-Bolívia, o país ainda importa gás liquefeito, mas a Petrobras está encontrando dificuldades em importar gás para os meses de janeiro e fevereiro, o que obrigaria a estatal a tirar gás dos consumidores industriais para continuar abastecendo as térmicas.

O gás é a fonte de energia empregada em 11,3% do parque industrial brasileiro. Os setores que mais dependem do gás para funcionar são o químico e petroquímico, o de cerâmica e vidros e o de metalurgia.Qualquer aumento de demanda, portanto, pode levar a um racionamento ou desabastecimento. Para a Firjan, a situação é “muito crítica”.

“Estamos na antessala do racionamento. Por isso o pedido de providencias ao governo. A última coisa que queremos é que a atividade industrial seja prejudicada, afetando o crescimento da economia”, diz Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial da Firjan. Para o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (Cbie), o mau planejamento da demanda energética agravou as consequências da conjunção climática desfavorável. “Se não tivéssemos esperado tanto para ligar as usinas térmicas a gás, possivelmente não teríamos hoje reservatórios tão baixos. O governo ficou esperando um milagre da chuva que não aconteceu”, explica Pires. Para ele, o governo deixou para acionar as térmicas mais tarde porque o custo da energia gerada nessas usinas é maior que o da fornecida por hidrelétricas. Seria, portanto, politicamente inconveniente aumentar o preço da energia em um momento em que o governo protagoniza um embate com as distribuidoras de energia elétrica por uma queda no preço das tarifas.

Dilma - A presidente Dilma Rousseff usou o tema do racionamento em várias oportunidades para atingir o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ela, que foi ministra de Minas e Energia na primeira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, atacou o tucanato durante a campanha presidencial de 2010 argumentando ter sido a responsável por reestruturar o setor elétrico do país e impedir a volta do apagão. Em setembro deste ano, o assunto voltou à baila. No anúncio da redução das tarifas de energia elétrica, Dilma voltou a lembrar dos apagões de 2001. naquele ano, foi necessário o racionamento para evitar a falta de luz. "O novo momento exige que o País faça redução de custos e a redução das tarifas decorre do modelo hidrelétrico que implementamos em 2003. Lembro quando o mercado de energia não funcionava, mas esse País mudou, hoje respeitamos os contratos. Contratos venceram, não se pode tergiversar quanto a isso", afirmou a presidente, referindo-se ao ano em que ela assumiu a pasta da Energia.

Na mesma ocasião, Dilma fez a seguinte declaração: “Tínhamos um país com sérios problemas de abastecimento e distribuição de energia, que amargaram oito meses de racionamento, que resultaram em grandes prejuízos para as empresas e impuseram restrições à qualidade de vida da população. Tivemos que reconstruir esse setor”, declarou.

Dois dias depois, o atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o Brasil não passaria por novos apagões. O que houve no período anterior ao governo Lula foi um racionamento de energia que durou oito meses e que não voltará a acontecer no Brasil. Hoje temos um sistema interligado de Norte a Sul, de Leste a Oeste no País", afirmou.

Fiesp - Procurada pela reportagem do site de VEJA, a Fiesp negou que tenha sido comunicada formalmente sobre o alerta da Petrobras. “Para o presidente Paulo Skaf ou para mim, ninguém ligou para falar de escassez de energia elétrica. Formalmente a Fiesp não recebeu nenhum comunicado da Petrobras”, afirmou Carlos Cavalcanti, diretor de infraestrutura da Fiesp responsável pela área de energia. O diretor comentou ainda que falar em racionamento é “alarmismo”.

Na tarde desta quarta-feira, a diretoria do Sistema Firjan emitiu um comunicado às empresas associadas sobre o “agravamento das condições de oferta de energia elétrica e gás no país”. Diz a nota: “A água retida nos reservatórios das usinas hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, onde se concentra a maior parte dos reservatórios do país, representa atualmente apenas 29% da capacidade total de armazenamento. Para evitar que a redução dos reservatórios atinja níveis críticos de risco praticamente todas as termelétricas disponíveis já estão em operação, não havendo mais, portanto, margem para aumento significativo da geração térmica. Além disso, a logística de abastecimento dessas usinas, em especial as operadas a óleo combustível e a diesel, também não é trivial e tem enfrentado dificuldades. Soma-se a isso a previsão de chuvas para o futuro próximo estar abaixo da média histórica, o que poderá levar à continuidade de redução da capacidade dos reservatórios. Diante desse quadro, a possibilidade de ocorrência de eventos de desabastecimento temporário de energia para o fim do ano e início de 2013 aumentou substancialmente, alcançando níveis preocupantes. Concomitantemente, a elevada demanda de gás natural para suprimento das térmicas poderá levar as distribuidoras estaduais a exercer junto aos seus clientes industriais as cláusulas de flexibilidade e de interruptibilidade dos contratos. Qualquer um dos eventos terá impactos negativos inequívocos sobre a atividade industrial.”

A Firjan informa que solicitou ao Ministério de Minas e Energia e à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços do estado do Rio de Janeiro esclarecimentos sobre medidas que possam garantir o “fornecimento adequado desses insumos energéticos, essenciais para a atividade industrial e para todo o país”.

Fonte:http://veja.abril.com.br/noticia/economia/brasil-caminha-para-o-rac...

Autora:Malu Gaspar

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Comentário de Farneis Berberian em 27 dezembro 2012 às 12:14

Caro Petrúcio desejo a voce e sua familia um feliz ano novo com muita saúde e paz.

Comentário de petrúcio josé rodrigues em 26 dezembro 2012 às 12:59

bravo carissimo Farneis,

entendo que voce sabe das coisas.

sabemos entretanto que todos nós amamos o nosso Torrão,  e também a nossa Patria.

 A ênfase que damos aos  assunto, que nada  valem para os "outros", porém, por eles sentimo-nos atingido e  bombardeiados, com os  relatos. Os relatos, são muitissimo.

tudo que precisamos é  cumprir nossos objetivos, e primar pelo planejamento estratégico da máquina governamental.

nossa posição é  esta companheiro. somos vangarda. somos  vigilantes, por que, nossas vozes nunca se calarão.

TENHA UM MUITO FELIZ ANO NOVO (2013). MUITA PAZ, SAÚDE E EXTREMA PROSPERIDADE EM TODOS  ASSUNTOS A TI PERTINENTES.  TUDO, EXTENSIVO À  FAMILIA.

 

 

 

Comentário de Farneis Berberian em 26 dezembro 2012 às 9:14

Caro Petrucio, é exatamente para termos mais cautela quando à futura situação do nosso pais que eu coloco a diminuição do consumo como uma forma pratica e imediata de se combater esse excesso de cobrança de impostos. Quanto à noticia veiculada, note que ela foi feita pela revista Veja, que não preza pela imparcialidade e, muito pelo contrario, deve ter interesses próprios em muitos dos artigos publicados. Não fosse assim, teria dado o mesmo destaque que deu ao mensalão para o caso Carlinhos Cachoeira.

Quando nos defendemos a natureza, podemos estar certos de não estarmos sendo utilizados para defender interesses das grandes corporações e/ou partidos políticos, mas sim defendendo interesses de todo o planeta.

Comentário de petrúcio josé rodrigues em 22 dezembro 2012 às 10:37

Companheiro Farneis Berberian,

Sabemos  que sua exposição  acerca  do assunto consumo de  energia é plausível e pertinente.

Sabemos também, que o Governo junto  com alguns empresários  armaram e armam grandes  maracutaias, e, ainda  rendem votos e mais votos, provando que  somos  realmente incautos.

Como podes ver, a lei 10.438/2002 teve  sua  eficácia  até 2009. Em sete  anos  foram arrecadados  milhões e milhões  de  reais, a  fundo perdido e pagos pelo consumidor. Será  que  temos que ser “burros e insensatos” para  diante  desses fatos  ainda  ter que sermos  complacentes, às omissões  e incompetência de um governo que  só faz “VENHA NÓS”, e “NADA  AO VOSSO REINO” !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Vamos parar de  sermos  complacentes  com a ilegalidade. Digo isto como se nunca TIVESSE  EXISTIDO ALGO CHAMADO DE  MENSALÃO.

ESTE ASSUNDO É UMA VERGONHA PARA  TODOS OS BRASILEIROS.

 

VEJA  A LEGALIDADE DO ENCARGO DE CAPACIDADE EMERGENCIAL

46 - Cobrança do Encargo de Capacidade Emergencial criado pela Lei nº 10.438/2002.

Relator: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

 Leading Case: RE 576189

Ementa

 

TRIBUTÁRIO. ENERGIA ELÉTRICA. ENCARGOS CRIADOS PELA LEI 10.438/02. NATUREZA JURÍDICA CORRESPONDENTE A PREÇO PÚBLICO OU TARIFA. INAPLICABILIDADE DO REGIME TRIBUTÁRIO. AUSÊNCIA DE COMPULSORIEDADE NA FRUIÇÃO DOS SERVIÇOS. RECEITA ORIGINÁRIA E PRIVADA DESTINADA A REMUNERAR CONCESSIONÁRIAS, PERMISSIONÁRIAS E AUTORIZADAS INTEGRANTES DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL. RE IMPROVIDO.

O presente estudo analisa o Encargo de Capacidade Emergencial, conhecido como Seguro Anti Apagão, criado pela Medida Provisória nº 14/2001, convertida na Lei Federal nº 10.438 de 26 de abril de 2002 . Este encargo tem como objetivo suprir o governo de recursos para que, no futuro, seja evitada nova crise energética, adquirindo-se energia de termoelétricas que estarão à sua disposição.

Demonstraremos a ilegalidade deste encargo, analisando sua natureza jurídica e qual regime jurídico lhe é aplicável, abordando, também, o regime de concessão e suas Implicações na cobrança deste encargo, denominado pela MP nº 14 de adicional tarifário.

Comentário de Farneis Berberian em 21 dezembro 2012 às 12:31

Diminuir o consumo é a melhor maneira de pagar menos imposto, uma vez que os governos sempre nos taxaram mais pelo consumo. Ou seja, diminuir o consumo é ser responsável pala diminuição desta cobrança exorbitante. Porém, o que realmente conta, com o uso responsável e consciente dos nossos recursos naturais, é o alívio na degradação do que temos de melhor, a nossa natureza com toda a sua biodiversidade. Essa é a nossa maior riqueza e deve ser tratada com educação, respeito, carinho.

Comentário de petrúcio josé rodrigues em 20 dezembro 2012 às 19:55

Não podemos nos omitir, buscando responsabilizar a  nós  consumidores.

Ilegalmente uma  taxa INSTITUIDA PELO GOVERNO, previa que empresários e  consumidores fossem taxados ilegalmente. esta taxa vem sendo cobradada já  a  alguns anos.

O governo é suficiêntemente capaz de utilizar verbas originárias dos tributos pago, diga-se também ilegal, vista que é algo básico na  vida  de  todo brasileiro, porém, paga o ICMS  SUPER TAXADO EM 25%.  difícil entender!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

NA  VERDADE  CONSUMIR MENOS NÃO IMPLICA EM NENHUM ALÍVIO. O FUNDAMENTO IRREAL ESTÁ NA GESTÃO DESASTROSA  E COMPROMETIDA. 

Comentário de Farneis Berberian em 19 dezembro 2012 às 21:31

Quem quiser  contribuir, para tornar o mundo "menos pior", que consuma menos e com conciência.

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