Por Marcos Mortari
SÃO PAULO - O Brasil pode até ter chegado ao fundo do poço, na avaliação de alguns analistas, mas, para o mais renomado gestor de recursos do País, Luis Stuhlberger, do Fundo Verde, ainda "não alcançamos o alçapão". Entrevistado pelo jornal Valor Econômico, o especialista ainda resiste à tentação de montar uma grande posição vendida no Brasil, por mais que acredite que o expressivo fluxo estrangeiro esteja errado. No momento, ele adota uma posição mais moderada, com 25% do patrimônio exposto a dólar, ao passo que na Bovespa, o gestor já se diz arrependido por ter comprado ações de companhias que gosta.
O fundo multimercado Verde, do qual Stuhlberger é gestor, é o maior hedge fund não-americano do mundo e possui uma das melhores rentabilidades da história da indústria brasileira de fundos. Em 2015, o Verde Asset apresentou com ganhos de 28,67%, sendo mais que o dobro do seu "benchmark", o CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro), que rendeu 13,23% no ano passado. Em janeiro, o especialista deu algum sinal de que poderia voltar a apostar no Brasil, alegando que a "queda da bolsa brasileira permite lentamente acumular posições em empresas de qualidade e múltiplos atrativos".
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