Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Brasil é o segundo país que mais investe em inovação no setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos

A cada dois anos, cerca de 30% do faturamento da  indústria de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos provêm de novos lançamentos. O dado foi divulgado pelo presidente da ABIHPEC, João Carlos Basilio, durante a feira in-cosmetics Latin America 2018, que está acontecendo em São Paulo e é considerada a maior plataforma global de negócios voltada especificamente para o mercado de matérias-primas para a indústria de cosméticos.


Novidades de cosméticos apresentadas na feira in-cosmetics Latin America 2018 - Divulgação

"Estamos falando de uma indústria que tem por natureza ser muito dinâmica. No Brasil, o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos é o segundo que mais investe em Pesquisa e Desenvolvimento. E isso é o que impulsiona as vendas dos produtos, tanto pela curiosidade das pessoas quanto em acompanhar e provocar novas tendências. É um orgulho ter essa representatividade em termos de inovação, principalmente, levando em conta que temos muitas empresas multinacionais no país", afirmou.

Segundo Basilio, o Brasil é o quarto maior mercado mundial de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. No ano passado, o setor retomou à posição de 3º maior mercado em cuidados para cabelos e higiene oral:

"Temos mais de 2,7 mil empresas registradas na ANVISA e para 2018 projetamos um crescimento moderado entre 1,5% e 2%, reflexo da flutuação cambial que afetou toda a cadeia produtiva", explica.


Participantes testam novidades na feira in-cosmetics Latin America 2018 - Divulgação


Mesmo com esse cenário, as empresas do setor estão otimistas. Para este ano, as perspectivas de crescimento para perfumaria são de 8,1%, cuidados com a pele (5,4%), mercado masculino (4,3%) e lenços umedecidos (4,5%).

"O mercado de perfumaria está crescendo em ritmo elevado por conta da própria crise. Com os produtos importados mais caros, os nacionais estão se tornando competitivos. Outro gatilho para o crescimento do setor são que os consumidores estão mais atentos de que os cuidados pessoas têm muito mais a ver com qualidade de vida do que com vaidade", explica.

TECNOLOGIA ALTERNATIVA AOS TESTES EM ANIMAIS

Também durante a feira, o gerente de desenvolvimento de fármacos e cosméticos do Laboratório Nacional de Biociência (LNBio), Eduardo Pagani, falou sobre uma tecnologia específica que é uma alternativa à realização de testes de cosméticos em animais. Ela  usa chips com células humanas que são interligadas em circuitos e, assim, simulam as condições do organismo

O pesquisador explicou sobre as novas tecnologias de análise e processamento de amostras e testes de sensibilização cutânea que já estão sendo desenvolvidas em parceria com o Boticário na Plataforma Human on a Chip para incorporação de novas matérias-primas em cosméticos.

"Já é possível manter pedacinhos dos órgãos humanos e mantê-los vivos e integrados. Estamos bem próximos de fazer toda a arquitetura celular semelhante à do organismo humano. Isso agilizaria diversos processos na indústria cosmética, por exemplo, pois acabaríamos com todos os testes que ainda são realizados em animais", comenta.

De acordo com ele, até 2019, cerca de 17 tipos de testes com animais não poderão mais ser praticados conforme determinação da Anvisa. Entre os procedimentos proibidos estão a aplicação de substâncias em órgãos sensíveis:

"Com a nova tecnologia desenvolvida no LNBio, os órgãos mantidos em laboratório simulam o que realmente acontece nos organismos vivos. No futuro, a perspectiva é desenvolver cosméticos de acordo com a genética de cada indivíduo", conclui.

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