Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

 China está a colocar o foco na transformação económica, com o novo plano quinquenal a ter como objetivo passar da “quantidade” para a “qualidade”. O Primeiro-Ministro Li Keqiang revelou na Conferência Consultiva Política do Povo Chinês (CCPPC), que teve lugar na semana passada, alguns detalhes do 13.º plano de crescimento do país, que será formalmente apresentado em março do próximo ano.

Segundo afirmou, nos últimos cinco anos foram feitas as fundações, com a força da China «a melhorar significativamente», transformando-se numa economia de 10 biliões de dólares (9,38 biliões de euros), onde a população urbana ultrapassou a população rural, os serviços passaram a ser o maior sector de atividade do país e houve um progresso social «abrangente». O Primeiro-Ministro revelou que há várias recomendações da CCPPC para o novo plano, incluindo «melhorar o desenvolvimento da inovação e dinamismo para promover reformas estruturais», encorajar o empreendedorismo, desenvolver «vigorosamente» a agricultura moderna e reduzir as disparidades regionais e entre áreas urbanas e rurais.

Li Keqiang considera que o próximo período de cinco anos será «decisivo» para a China se o país quiser tornar-se numa sociedade com elevados rendimentos até 2020 – «mais um marco no processo de modernização», referiu, mas acrescentou que as dificuldades que a China enfrenta «não devem ser subestimadas» e que o país precisa de «agarrar firmemente» a tarefa primária de desenvolver «uma sociedade próspera».

Hermès cresce em todo o mundo

O grupo francês de bens de luxo Hermès registou um crescimento do lucro no terceiro trimestre em todas as regiões, apesar de classificar as condições de mercado atuais como difíceis. Nos três meses terminados em setembro, o volume de negócios consolidado do grupo atingiu 1,14 mil milhões de euros, em comparação com 991 milhões de euros no período homólogo do ano passado.

A Hermès revelou que as flutuações cambiais foram favoráveis, representando um impacto positivo de 298 milhões de euros. As vendas na Europa, excluindo França, registaram o crescimento mais elevado, com um aumento de 17,6%, para 225 milhões de euros. O volume de negócios em França cresceu 11,5%, para 171 milhões de euros, enquanto o Japão registou um crescimento de 16,6% das vendas, para 143 milhões de euros. O volume de negócios na região da Ásia-Pacífico subiu 1,5%, para 384 milhões de euros, e nas Américas o crescimento foi de 2%, para 205 milhões de euros.

Em termos de divisões, as vendas de pronto-a-vestir e acessórios aumentaram 11,9%, para 282 milhões de euros, e as de artigos em couro e selaria cresceram 8,6%, para 533 milhões de euros. Já as vendas de sedas e têxteis registaram um decréscimo de 0,5%, para 108 milhões de euros. A Hermès indicou que pretende continuar a sua estratégia de crescimento a longo prazo, que se baseia na criatividade, no controlo do know-how e na segurança no aprovisionamento. Apesar de referir «incertezas económicas, geopolíticas e monetárias» em todo o mundo, o grupo confirmou o seu objetivo para 2015 de um crescimento do volume de negócios a câmbios constantes de 8%. O lucro operacional deverá ser mais baixo do que em 2014 (31,5%) devido ao impacto das flutuações cambiais.

Índia revê investimento estrangeiro

As regras para o investimento direto estrangeiro deverão voltar a alterar-se na Índia, abrindo sectores-chave como a produção e o retalho. As reformas planeadas têm como objetivo tornar mais fácil fazer negócios no país e colocar mais propostas de investimento estrangeiro «numa rota automática em vez de passar pelo governo, onde o tempo e a energia dos investidores são desperdiçados», sustenta o governo. Entre as propostas estão «a abertura do sector de produção para vendas por grosso, retalho e comércio eletrónico para que as indústrias fiquem motivadas a fazer na Índia e vender aos consumidores aqui em vez de importarem de outros países».

O alívio das restrições pode também tornar mais fácil a entrada na Índia de retalhistas monomarca. Sob as atuais regras de investimento direto estrangeiro, os retalhistas estrangeiros de vestuário apenas podem abrir lojas no país se aprovisionarem pelo menos 30% dos seus produtos localmente desde o primeiro dia de operação. As reformas deverão ainda permitir que o Foreign Investment Promotion Board, a entidade responsável pela aprovação dos projetos, aprove propostas até 50 mil milhões de rupias (cerca de 708 milhões de euros), em comparação com os 30 mil milhões de rupias atuais.

Esta ação do governo para simplificar a política de investimento direto estrangeiro segue-se às políticas lançadas no mês passado para impulsionar as exportações de têxteis e vestuário da Índia, que incluem benefícios fiscais consoante os mercados de destino. O Texprocil, o conselho de promoção das exportações de têxteis de algodão, acredita que a inclusão da exportação de tecidos e malhas de algodão pode aumentar a exportação deste tipo de produto em 10% a 15%.

Pertex reforça resistência à abrasão

A produtora de fibras de performance Pertex desenvolveu uma nova tecnologia que usa fios com filamentos com a forma de diamantes que se fecham entre si para criar tecidos resistentes à abrasão. Para além de permitir uma construção estável, os filamentos interligados dão aos tecidos resistência à abrasão assim como melhores propriedades de repelência de água, aponta a empresa. Os tecidos Pertex com tecnologia CS10 têm uma resistência à abrasão duas vezes superior aos tecidos feitos com fios de filamentos circulares tradicionais e são suaves e duráveis. Marcas de outdoor como a Berghaus, Montane, Mammut, Peak Performance e Salewa vão oferecer vestuário de performance com a tecnologia CS10 da Pertex no outono-inverno 2016/2017. A empresa vai ainda mostrar a nova tecnologia em diversos certames profissionais, incluindo a ISPO Munich, que se realiza de 24 a 27 de janeiro.

Uniqlo e Toray expandem cooperação

A marca de vestuário casual Uniqlo, detida pela japonesa Fast Retailing, fez um acordo de sourcing válido por cinco anos com a produtora de têxteis japonesa Toray Industries com o objetivo de reduzir os prazos e otimizar a produção, assim como para «criar uma nova indústria centrada no futuro». Esta é a terceira fase de uma parceria estratégica criada há 10 anos e deverá gerar mil biliões de ienes (7,6 biliões de euros) em transações entre as duas empresas de 2016 a 2020.

A Uniqlo opera 841 lojas no Japão e 798 lojas no estrangeiro, enquanto a Toray tem 98 empresas subsidiárias no Japão e 155 no estrangeiro. No passado, a Toray chegou a criar linhas de produção dedicadas nas suas fábricas em todo o mundo para fornecer a Uniqlo com tecidos que acompanham as mais recentes tecnologias. Como parte dos esforços para «acelerar a globalização e a digitalização para criar uma nova indústria», as empresas vão trabalhar para reduzir os tempos de produção e aumentar a globalização dos locais de aprovisionamento, ao mesmo tempo que otimizam a fabricação em cada uma das localizações.

Além disso, pretendem expandir as unidades de produção para apoiar o crescimento na Grande China (China, Hong Kong e Taiwan) e criar um modelo de negócio do início ao fim através da utilização da Internet das Coisas. Ambos os negócios planeiam também melhorar o conforto e a funcionalidade dos atuais produtos LifeWear, investigar e desenvolver produtos que ofereçam valor acrescentado e desenvolver novo sportswear.

Ecologia no centro da estratégia da Lenzing

Com a sustentabilidade como foco principal, a produtora austríaca de fibras celulósicas Lenzing estabeleceu uma nova estratégia de negócio para gerar um crescimento rentável para as fibras “amigas do ambiente” Modal e Tencel e melhorar as suas atividades de investigação e desenvolvimento com «novas tecnologias revolucionárias».

A estratégia, batizada “sCore TEN” tem como objetivo reforçar o negócio de fibras especiais e ecológicas da empresa, intensificar a cooperação com os clientes ao longo da cadeia de aprovisionamento, aumentar a quota de fibras especiais para 50% do volume de negócios até 2020, expandir a liderança em termos de qualidade e tecnologia para fibras celulósicas e abrir novas áreas de negócio. A Lenzing antecipa que a procura por fibras celulósicas aumente 5% a 6% por ano até 2020 – um ritmo quase duas vezes superior ao do crescimento do mercado de fibras no geral –, impulsionada pelo aumento da população mundial e maior prosperidade nos mercados emergentes.

Ao mesmo tempo, a Lenzing está a planear aumentar o volume de produção de polpa e/ou expandir as suas cooperações estratégicas como parte de um programa pensado para atingir um Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 50 milhões de euros até 2017. Além disso, pretende estabelecer centros regionais de competências para inovação de produto e aumentar a capacidade de tomada de decisão nessas regiões, ficando, assim, mais perto dos seus clientes.

A Lenzing tem ainda como meta ter um crescimento de 10% do Ebitda em termos anuais e aumentar o retorno sobre o capital empregue para mais de 10% até 2020. «O nosso objetivo é salvaguardar e expandir o papel de liderança da Lenzing no mercado dinâmico e em crescimento das fibras de celulose», afirma o CEO da Lenzing, Stefan Doboczky. «Para isso, vamos focar-nos mais intensamente nos segmentos mais atrativos no negócio de fibras especiais. A Lenzing vai colocar o valor acima do volume no futuro», acrescenta. Na semana passada, a empresa anunciou um aumento de 90,6% no lucro dos primeiros nove meses do ano e indicou que espera uma melhoria «significativa» nos lucros anuais. O lucro nos primeiros nove meses atingiu 84,4 milhões de euros, enquanto o volume de negócios subiu 7,4%, para 1,46 mil milhões de euros.

http://www.portugaltextil.com/breves-33/



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