Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Carta ao leitor: O novo jeito de fabricar o futuro

Numa jornada pelo futuro da indústria, revelamos as fábricas e as tecnologias industriais mais modernas do mundo.

Carta ao leitor: O novo jeito de fabricar o futuro

Carta ao leitor: O novo jeito de fabricar o futuro Getty Images

Tem gente que é fissurada por carros. Conhece todas as marcas e modelos. Aguarda com ansiedade o lançamento de novos recursos. Até de mecânica consegue opinar com propriedade. Eu, não. Tenho dificuldade até para interpretar algumas luzes que aparecem no painel do automóvel. Mas mesmo eu estou contando os anos para embarcar em um carro voador. Se tudo der certo, terei essa oportunidade em 2026. É para esta data que a Embraer promete a entrada em serviço do eVTOL, o veículo com o qual pretende liderar o setor de carros voadores. A aposta é ambiciosa. Mas a empresa fundada no Vale do Parnaíba tem as credenciais para enfrentar o desafio. O jato executivo Phenom 300, produzido por ela, se tornou o mais popular dos Estados Unidos no mês passado. Foram 360 mil pousos em 12 meses. A aeronave é o jato leve mais vendido no mundo há 11 anos.

Sejamos sinceros: a indústria brasileira não impressiona. O Made in Brazil nunca decolou. Como a Embraer conseguiu se destacar? A empresa criou seu próprio jeito de fabricar o futuro, a partir de um método desenvolvido ao longo de décadas. Nesta edição, contamos e detalhamos os segredos da Embraer para inovar. Entre as estratégias usadas pela empresa, estão acordos com companhias de tecnologia de todos os portes, desde startups até grupos industriais gigantes e tradicionais, um software dinâmico que organiza, controla e monitora os processos de produção e o uso intensivo dos recursos da Indústria 4.0.

Numa jornada pelo futuro da indústria, revelamos também as fábricas e as tecnologias industriais mais modernas do mundo. O Brasil marca presença com algumas unidades. A mineradora norueguesa Hydro Alunorte, por exemplo, investiu em 2022 cerca de R$ 300 milhões para instalar a maior caldeira elétrica do mundo em Barcarena, município ao lado de Belém. Já a fábrica da Volkswagen em Taubaté recebeu em janeiro último 80 robôs de última geração, de duas marcas diferentes, para automatizar ainda mais a montagem e a soldagem de carrocerias. A medida vai levar a um aumento de 33% na capacidade de produção.

Esses cases de sucesso são uma exceção no país, mas podem deixar de ser. As mudanças climáticas exigem uma transição energética em escala planetária. O Brasil está numa posição invejável para liderar esse processo. O país tem potencial para atrair investimentos de companhias que buscam descarbonizar seus processos, já que possui uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo. É ainda um grande produtor de biocombustíveis e avança rapidamente em projetos de energia solar, eólica e hidrogênio verde. Com a ajuda da digitalização, dá para virar esse jogo. Seria lindo ver os industriais brasileiros falarem menos da Selic e mais de inovação.

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