Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Com medo de calote, credores viram parceiros de Eike

A situação do empresário Eike Batista está cada vez mais complicada. A publicação norte-americana Bloomberg, divulgou que a fortuna do homem, que já foi considerado o oitavo mais rico do mundo no ano passado, foi reduzida a US$ 200 milhões.

Além disso, ele já teria acumulado cerca de US$ 2 bilhões em dívidas pessoais e, mesmo assim, ainda deve US$ 1,5 bilhão ao fundo de investimento árabe Mubadala, de Abu Dhabi.

Como a conta não fecha, pois o patrimônio está bem menor do que as dívidas, especialistas ouvidos pelo R7 contam que o dono do grupo EBX está tentando se reestruturar financeiramente e transformando até mesmo credores em sócios.

De acordo com o professor de finanças do Ibmec-RJ (Instituto Brasileiro do Mercado de Capitais do Rio de Janeiro), Gilberto Braga, uma parte da dívida com o fundo de investimento árabe está sendo transformada em ativos, ou seja, participação de capital em algumas empresas do grupo.

— Ao invés de credor, o banco está se tornando sócio nos negócios de Eike.

Essa seria uma estratégia da instituição financeira se prevenir contra um possível calote.

— Essa conversão de dívidas é para você assegurar lucros e dividendos para compensar os empréstimos. Se não tem ao a garantia de recebimento, é melhor você se tornar sócio.

O processo estaria sendo intermediado pelo Banco BTG Pactual que, por meio da sua assessoria de imprensa, informou que não comentaria o assunto. A instituição vem atuando desde março como assistente financeiro do grupo EBX.

Apesar das empresas do Eike Batista estarem tentando ajustar as finanças, o temor entre os credores grandes e pequenos permanece. Um acionista minoritário da petroleira OGX, Márcio de Melo Lobo, pe...

O advogado da empresa e de Batista, Sérgio Bermudes, chegou a classificar a ação como “leviana” e “absolutamente infundada”. De acordo com ele, o objetivo da ação era buscar um acordo ou benefício ao minoritário, que teria cerca de R$ 40 mil em papéis da petroleira.

No último dia 15, credores estrangeiros de Eike Batista, também se reuniram em Nova York para conversar com advogados brasileiros e estrangeiros para entender o que estaria acontecendo com as empresas.

Apesar do cenário ruim e da perda de US$ 34,3 bilhões da fortuna do empresário, o analista de investimento da corretora de valores Spinelli, Elad Revi, ainda não enxerga uma falência do grupo. Em março do ano passado, Eike tinha um patrimônio estimado em US$ 34,5 bilhões.

— É um pouco precipitada, ele tem algumas opções. Pode fazer um aporte de capital baseado no patrimônio pessoal, capital estrangeiro e internacional.

Desta forma,  de acordo com Ravi, ele pode conseguir um equilíbrio e mais tempo para suas dívidas.

Fracasso

A situação do grupo EBX ficou mais complicada após a empresa anunciar o fracasso de operações em quatro campos de petróleo.  A partir disso, a ações das empresas passaram a ter quedas na bolsa de valores e perdeu credibilidade entre os credores.     O empresário já veio a público informar que se arrependeu de ter e...

Ele afirmou  que teria sido melhor ter estruturado um fundo privado de participações em empresas (private equity) que permitisse criar do zero e desenvolver ao longo de pelo menos dez anos cada companhia, até chegar o "momento certo" de abrir o capital.

Até a publicação desta reportagem, a assessoria de imprensa do grupo EBX não foi localizada para comentar o assunto.

http://noticias.r7.com/economia/com-medo-de-calote-credores-viram-p...

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Comentário de MILTON SCORZA em 28 julho 2013 às 18:02

CALOTE DO GOVERNO(NOSSO!) É CERTO. QUESTIONO O PATRIMONIO PESSOAL DO SR EIKE.  QUAL É ?

COBRE O ROMBO? OU JA ESTÁ ÉM PARAISO FISCAL?

Comentário de Romildo de Paula Leite em 28 julho 2013 às 13:22

  Calote que o governo vai tomar 10 bilhões.

Comentário de MILTON SCORZA em 28 julho 2013 às 13:02

Quem conhece o valor do patrimônio pessoal do Sr Eike para ponderar sobre a insolvência do grupo EBX? Certamente os investidores entre os quais o BNDES conhecem e devem ter usado esse valor como colateral. Ou não? Quem tem a respost?

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