Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fonte:|portugaltextil.com|

São muitos os psicólogos que afirmam que a palavra crise espalha uma certa dose de pânico inconsciente na maioria das pessoas. E a verdade é que está a influenciar a escolha nas compras mundiais. Segundo um recente estudo, a crise fez disparar o consumo nas lojas low-cost.

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Consequências da crise

 O consumismo desenfreado parece ser coisa do passado, isto tendo em conta um estudo realizado pela consultora PricewaterhouseCoopers (PwC), que afirma que a crise económica global modificou os comportamentos de compra dos consumidores, que passaram a consumir de forma mais constante produtos mais acessíveis. «Os consumidores descobriram que as opções baratas não implicam uma perda de qualidade do produto», revela Javier Vello, responsável de Retalho e Consumo da PwC que acrescentou ainda que «de forma geral, todos os sectores foram afectados pelo consumo inteligente e a aposta por opções mais baratas não será algo efémero, ou seja, esta escolha permanecerá mesmo quando a situação económica melhorar porque o consumidor parece estar satisfeito com ela».

A moda foi, de resto, um dos sectores mais afectados pela crise, uma vez que 44% dos seus consumidores reconhecem ter reduzido a frequência de compra durante a recessão, enquanto que 78% dos consultados asseguram que, depois da crise, gastarão o mesmo ou menos do que gastam actualmente. Deste modo, a percentagem de consumidores que compra em lojas low-cost aumentou consideravelmente, passando de 14% para 44%. «Se as marcas querem que o consumidor pague mais pelo seu produto têm de convencê-lo de que vale a pena», afirma Javier Vello, referindo ainda que «os consumidores inquiridos não parecem acreditar na vantagem das marcas mais caras».

Ainda segundo este estudo, 87,2% dos consumidores inquiridos afirmam que experimentaram um produto low-cost e acharam que a qualidade do mesmo era melhor ou semelhante aos produtos mais caros.

Conscientes desta realidade, muitas marcas têm apresentado colecções mais acessíveis nas suas lojas. A mais recente iniciativa veio da C&A, que lançou uma colecção com um preço médio de 7,5 euros. Para atingir este objectivo específico, a empresa procedeu à redução dos custos de armazenamento e de negociação com fornecedores. «A intenção da C&A, com o lançamento da linha “Fashion Star” é ajustar os preços da roupa sem comprometer a qualidade ou o projecto que nos caracteriza, para que ninguém tenha de desistir de estar na moda por falta de dinheiro», explicou Carlos Valderrama, director de marketing da C&A para Portugal e Espanha.


 

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