Cresce intenção na adoção de IA, mas RHs precisam adquirir conhecimento, aponta estudo

Pesquisa realizada pela LG – lugar de gente mostra que 93% dos RHs no Brasil têm algum grau de interesse na tecnologia.

Marcello Porto, diretor de Produtos, Inovação e IA da LG - lugar de gente (Imagem: divulgação)

Presente em 40% dos RHs do Brasil, a inteligência artificial (IA) ainda não alcançou seu potencial no setor. É o que aponta a pesquisa “Inteligência Artificial no RH”, realizada pela LG – lugar de gente. O estudo, que escutou mil profissionais da área durante o ConaRH 2025, mostrou que, mesmo com a rápida adoção, a maioria dos RHs ainda utiliza a tecnologia para tarefas operacionais.

De acordo com os respondentes, 61% das organizações utilizam IA para recrutamento e seleção, em tarefas como triagem de currículos e outras fases posteriores do processo de seleção. Enquanto isso, apenas 29% usam a ferramenta para treinamento e desenvolvimento personalizado. Para Marcello Porto, diretor de Produtos, Inovação e IA da LG, o dado mostra falta de maturidade da área ao lidar com a tecnologia.

“Mesmo que 93% dos RHs tenham interesse ou usem IA, a atenção não é sinônimo de maturidade. O desafio agora não é mais ‘se’ o RH vai adotar, mas ‘como’ garantir que essa adoção seja consistente, estratégica e responsável, sem perder de vista a experiência humana no trabalho”, comenta o executivo.

Assim como em outros setores, o cenário é de transição, em que o potencial da tecnologia é reconhecido, mas as barreiras ainda são significativas. Segundo Porto, para dar o próximo passo, as empresas precisam se abrir para um uso de IA que englobe trabalhos como a análise de métricas e avaliações de desempenho, a produção de planos de carreira personalizados a partir das informações disponíveis sobre cada funcionário e o treinamento da força de trabalho, com experiências personalizadas de aprendizado.

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O movimento exige uma mudança das métricas usadas para medir o impacto da tecnologia nas organizações. Atualmente, a principal expectativa alcançada com a adoção de IA é o ganho de eficiência e otimização de processos (72%).

Apenas 13% dos respondentes veem a tecnologia como ponte para melhorar a experiência e satisfação do colaborador, e 7% para apoiar na tomada de decisão estratégica e na redução de custos operacionais.

“Estamos falando de uma tecnologia capaz de apoiar o RH de ponta a ponta, não só em integração e capacitação. Mas é um caminho que requer o desenvolvimento de treinamentos e competências que permitam às equipes capturar o melhor que a IA tem a oferecer”, diz Porto.

Para tal, o executivo sugere quatro práticas para aqueles que desejam transformar a mentalidade organizacional:

  1. Evite o hype: “É fundamental entender quais são os pontos de atrito dentro de cada organização, avaliar as soluções existentes e como elas podem minimizá-los”, alerta do executivo.
  2. Abrace os erros no processo: “É possível que uma tecnologia não atenda plenamente às necessidades da empresa logo no início. Por isso, a fase piloto deve ser vista como um momento de testar hipóteses, identificar falhas e fazer ajustes rápidos, transformando cada aprendizado em oportunidade de evolução”, ensina.
  3. Use a inteligência artificial para amplificar as competências humanas: “As empresas devem capacitar seus colaboradores para analisar criticamente as recomendações da inteligência artificial e tomar decisões conscientes. Além disso, deve haver transparência no processo, os profissionais devem entender como a IA chegou a uma determinada conclusão, quais dados foram usados e as variáveis que influenciaram o raciocínio”, aponta.
  4. Escolha uma IA feita para o RH: “Mais do que escolher a ‘ferramenta certa’, é essencial contar com uma solução desenhada para o RH e integrada aos sistemas da empresa. A diferença entre uma IA genérica e uma IA eficaz está na capacidade de compreender o contexto individual”, conclui.

 https://itforum.com.br/noticias/ia-maturidade-rh/

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