Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Crítica excessiva ao erro pode acabar com a criatividade

No ambiente corporativo, a 3M é tida como uma das empresas mais inovadoras do mundo. Fita crepe, durex e o post-it são alguns de seus produtos revolucionários, conhecidos hoje pela maioria das pessoas comuns. Todos esses e centenas de outros são decorrentes de muito trabalho, pesquisa, erros e estímulo à criação. "Isso só foi possível ao longo dos 109 anos de existência da empresa porque desde o princípio, suas lideranças incentivaram e apoiaram a inovação", diz Chris Olson, diretor de pesquisa & desenvolvimento da 3M do Brasil. E, segundo ele, tal atitude não fica apenas no discurso, mas pode ser comprovada pelos inúmeros casos de sucesso.

Foi assim, por exemplo, quando um funcionário do laboratório nos Estados Unidos deixou cair em seu sapato um líquido com o qual estava trabalhando. Foi lavar o sapato e percebeu que o líquido tinha formado uma camada que impedia a água de penetrar no couro. Relatou o corrido ao seu superior, que o estimulou a dedicar parte de seu tempo de trabalho a verificar as propriedades daquele produto. Após alguns anos e o envolvimento de outros pesquisadores, chegou-se a um protetor de tecido, que acabou por tornar-se pioneiro e líder em vendas.

O caso relatado é uma síntese, segundo Olson, do surgimento da maioria dos produtos que a 3M possui hoje em suas linhas de produção - no Brasil são 36 unidades de negócios. E os resultados alcançados são muitos. De acordo com Olson, nada menos que 31% das vendas mundiais da companhia em 2010 - um total de US$ 27 bilhões - vieram de produtos lançados nos últimos cinco anos.

Claro que esse desempenho é fruto de muito investimento: em 2010 foram investidos mundialmente US$ 1,4 bilhão em pesquisa e desenvolvimento, ou 5,4% das vendas globais. Mas para Olson, dinheiro apenas não explica os bons resultados da companhia na área da inovação. Ele destaca a importância da cultura da inovação criada na empresa desde os seus primórdios. Lembra a figura de Willian McKnight, que foi CEO da empresa entre 1929 e 1949. "Ele criou o que chamamos internamente de "princípios de McKnight", conta Olson.

Entre os mais importantes ensinamentos dos "princípios de McKnight" está o de que erros são cometidos. Mas, se uma pessoa estiver "essencialmente certa", os erros que vier a cometer não serão tão graves quanto os erros de um gerente que diz àqueles a quem delega autoridade como fazer o seu trabalho. Olson conclui recordando uma frase de McKnight: "A gerência que é destrutivamente crítica frente a erros cometidos, mata a iniciativa. É essencial ter pessoas com iniciativas se quisermos continuar a crescer. Contrate bons funcionários e deixe-os em paz". Para Olson, isso resume o espírito inovador da 3M. (L.E.S.)

Fonte:|http://www.valor.com.br/empresas/1000470/critica-excessiva-ao-erro-...

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