Fonte: |noticias.lugarcerto.com.br|
Com histórico de povoamento e expansão ligado à rotina na fábrica da Companhia Mineira de Fiação e Tecelagem, Cachoeirinha mantém aspecto residencial
Preço médio do aluguel na região é de R$ 433 para apartamentos de dois quartos. Obras em importantes vias locais ampliaram os serviços de pavimentação e iluminação
A história do Bairro Cachoeirinha, na Região Nordeste de Belo Horizonte, pode ser contada a partir da instalação da Companhia Mineira de Fiação e Tecelagem, também conhecida como Fábrica da Cachoeirinha, na década de 1930. Nesse período, muitas áreas rurais na capital deram lugar a importantes fábricas, fazendo surgir vilas operárias, como é o caso do bairro. O nome faz referência a um córrego na Rua Itapetinga.
Naquele tempo, praticamente toda a população local trabalhava na companhia de tecidos. Lá, as pessoas se conheciam, faziam amizades e se casavam, como relembra a auxiliar administrativo Sandra Maria Camargos Lins, moradora do bairro há 50 anos. "Antes todo mundo se empregava na fábrica, inclusive minhas tias e minha mãe, que começou a trabalhar lá com 14 anos".
A Companhia Mineira de Fiação e Tecelagem era tão importante para a região que até o lazer era influenciado por suas atividades. Quando o apito que marcava o término do último turno de trabalho soava, era hora de voltar para casa. E opções para se divertir não faltavam. "Havia a hora dançante em um salão próximo à Igreja Nossa Senhora da Paz, barraquinhas e quadrilhas, em junho, além do Cine Pax, onde trabalhava meu avô", lembra Sandra Lins.
De lá para cá, muita coisa mudou no bairro. As ruas foram asfaltadas, melhorou a iluminação e foi instalado um posto de saúde. "Onde hoje é a Avenida Bernardo Vasconcelos, principal da Cachoeirinha, era um córrego, que foi canalizado", conta a auxiliar administrativo.
A expansão do Cachoeirinha se intensificou a partir do Túnel da Lagoinha e da Avenida Cristiano Machado, que facilitou o acesso a outras regiões da cidade. As linhas de ônibus que atendem ao bairro são 503 (Santa Rosa/Aparecida/São Luis), 4102 (Aparecida/Serra), 4103 (Aparecida/Mangabeiras), 4205 (Ermelinda/Salgado Filho), 8101 (Santa Cruz/Alto Santa Lúcia) e 9550 (Casa Branca/São Francisco).
"Não foram construídos muitos prédios e não vejo anúncios de aluguel na região" - Sandra Maria Camargos Lins, auxiliar administrativo
RAROS
Estudos feitos em Belo Horizonte pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Fundação Ipead/UFMG) classificam o Bairro Cachoeirinha como popular. Essa denominação é obtida a partir da renda média dos chefes de família do local, que é inferior a cinco salários mínimos.
De acordo com a pesquisa, realizada em abril, os valores médios de aluguel na região são de R$ 433,06 para apartamento de dois quartos e R$ 479,47 para os de três quartos. No mercado de compra e venda, apartamentos de dois quartos foram avaliados entre R$ 63,11 mil e R$ 85 mil. Para os de três quartos, o valor mínimo para venda, de acordo com a pesquisa, foi de R$ 82 mil e o máximo de R$ 270 mil.
Desde que mora no Cachoeirinha, a auxiliar administrativo Sandra Maria Camargos Lins observa que o bairro continua sendo composto, em sua maioria, por casas. "Não foram construídos muitos prédios e não vejo anúncios de aluguel na região". Apesar de ser um bairro essencialmente formado por casas, as poucas ofertas de imóveis encontradas nos classificados foram de venda de apartamentos.
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