E se todos os livros de uma nação fossem queimados?

[Romildo de Paula Leite]

E se, de repente, todo conhecimento e literatura do mundo fossem destruídos e considerados um perigo? Essa é a premissa do filme "Fahrenheit 451", nossa dica cinéfila da semana.

Em um futuro distópico e tecnológico, a humanidade divide-se entre “nativos” e “rebeldes”. Os bombeiros, responsáveis por manter a ordem e queimar livros e arquivos digitais de grandes clássicos, protagonizam o que parece ser um espetáculo para a população. Doutrinando crianças e disseminando a ideia de que “felicidade é verdade, liberdade é escolha e ego é força”, como uma espécie de mantra/lavagem cerebral.

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Sem spoilers, podemos adiantar que a trama nos coloca cara a cara com “doenças sociais“, como a corrupção, o controle através da tecnologia e até mesmo, para os mais atentos, pode remeter às estratégias de comunicação da segunda guerra mundial, onde celebridades e o cinema eram usados para influenciar e convencer toda uma sociedade, transformada em massa de manobra. O filme é obrigatório para quem se interessa por literatura, liberdade, política, democracia e questiona a relação de poder entre governo e sociedade.

Mais sobre a obra
Dirigido por Ramin Bahrani e lançado em 2018, o filme é uma regravação do clássico de 1966, de mesmo nome, originalmente baseado no romance distópico de ficção científica, escrito por Ray Bradbury e publicado pela primeira vez em 1953.

Você sabe o que significa Fahrenheit 451? 451 graus Fahrenheit, ou 233 graus Celsius, é a temperatura de combustão do papel comum. Interessante, não é? E se você ficou curioso, o filme está disponível em diversos streamings. Continue acompanhando nosso site e confira outras dicas!

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