Valor Econômico
SÃO PAULO - (Atualizada às 20h43) Após reunião com associações e sindicatos na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, o presidente da entidade, Paulo Skaf, afastou, na tarde desta quitna-feira, a possibilidade de suspensão de recolhimento de impostos por parte das empresas como uma reação ao governo de Dilma Rousseff.
Ele afirmou que a ideia é atuar dentro da legalidade, mas não descartou a hipótese de convocar uma greve geral. “Se houver uma circunstância que uma greve geral ajude o impeachment a ter sucesso, deve-se fazê-la”, disse.
Skaf podenrou que o momento agora é “muito mais pragmático”, é de convencimento da Câmara e do Senado em relação à necessidade de aprovar o impeachment. A Fiesp mudou de posição e, após se declarar a favor da renúncia da presidente no início da semana, a entidade agora requer o impeachment de Dilma. “Dependendo do andar da carruagem, temos que ter uma dinâmica. E também tomarmos cautela”, afirmou Skaf.
Comércio
A Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP) publicou, no fim da tarde desta quinta-feira, uma nota em que critica a postura do atual governo que “ignora a voz das ruas, de suas entidades empresariais, de suas instituições, e ainda trata o bem público como coisa privada”. A federação critica “interesses mesquinhos e individuais” e pede união para sair desse “atoleiro” em que o país está.
“Grupos se engalfinham na luta pelo poder e olham para o Estado com o único objetivo de satisfazer seus próprios interesses. As possibilidades de se encontrar uma saída para superar a recessão, a quebra de empresas, o desemprego massivo e a inflação que ameaçam as conquistas econômicas e sociais de milhões de pessoas encontram-se hoje bloqueadas pelo caos político instalado em todas as esferas decisórias do país”, informa o comunicado.
A entidade, com 157 sindicatos filiados no Estado de São Paulo, pede que as “forças políticas” do país deixem de mirar seus interesses particulares e de grupos específicos. E chega a mencionar que dados econômicos publicados mensalmente pela equipe da federação já apontavam piora da crise econômica. Além disso, ressalta que as análises foram “ignoradas pelos responsáveis pela condução política e econômica do país”.
“Basta de interesses mesquinhos, personalistas e individuais. É hora de pensar e agir com generosidade e grandeza”, diz. Ao fim da nota, a FEcomercioSP pede o apoio de todos “que lutam pela democracia e contra a corrupção que manchou a história do país”.
Para a Associação Comercial de São Paulo e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), a necessidade é de renúncia de Dilma. “Somente um gesto de grandeza por parte da presidente Dilma poderá propiciar a busca de um entendimento que permita começar a mudar o quadro dramático que o país atravessa”, afirma o presidente da Facesp e da ACSP, Alencar Burti, em nota. No texto, ele avalia que o Brasil vive um período sem precedentes de crises: “ética, política, de governabilidade, econômica e, sobretudo, social”.
Segundo o presidente da ACSP, a renúncia não significaria que Dilma se considera “culpada pela crise e pela falta de governabilidade", mas que ela seria responsável pela busca de uma solução. De acordo com a nota, este seria um ato de “desprendimento e consideração pelo povo brasileiro”, porque evitaria um processo de impeachment que irá prolongar as dificuldades do país.
Diante da paralisia decisória de Brasília, afirma a nota, “a hora agora é de buscar soluções que possam ser implementadas com a rapidez necessária para impedir que não apenas a economia e o quadro social continuem a se deteriorar, como para evitar que as instituições sejam comprometidas”.
Supermercados
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) defende o impeachment da presidente Dilma Rousseff como única saída para a retomada do crescimento. Por meio de nota, divulgada na noite desta quinta-feira, a entidade defende o “excelente trabalho” da Polícia Federal.
O setor enfrenta forte desaceleração nas vendas desde o ano passado, afetado pelo encolhimento da renda e aumento do desemprego da população.
A entidade destaca que o setor já superou diversas crises econômicas, mas nunca vivenciou “um cenário político tão caótico, mediante às denúncias que crescem a cada dia, às tentativas infundadas do governo em mascarar o óbvio e à crescente insatisfação da população”.
A Apas informa que “realizará ações para tornar ainda mais público o apoio ao processo” de impeachment da presidente.
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