SÃO PAULO - Os principais contratos de petróleo encerraram esta segunda-feira (14) em tendências opostas, repercutindo os possíveis efeitos que o terremoto do Japão poderá causar em sua economia, reduzindo o crescimento do país e a sua demanda por óleo - o Japão é o terceiro maior consumidor da commodity e o segundo maior importador líquido. O contrato negociado em Nova York conseguiu se recuperar no final da sessão, fechando em leve alta. Já o contrato negociado em Londres foi mais afetado e acumulou perdas.
A cotação do barril do petróleo Brent, negociado no mercado de Londres, fechou a US$ 113,67 no pregão desta segunda-feira, leve baixa de 0,15% em relação ao último fechamento. O contrato com vencimento em abril, que apresenta maior liquidez no mercado de Nova York, fechou cotado a US$ 101,19 por barril, configurando uma alta de 0,03% frente ao fechamento anterior.
Temor por crise nuclear
Após o terremoto que atingiu o Japão, seguido por uma tsunami que devastou o país, o temor é em relação a uma possível crise nuclear, já que o desastre natural atingiu alguns reatores nucleares no país. O risco, portanto, envolve a indústria nuclear, que á uma importante fonte de energia no país, à medida que o mercado teme novas explosões nas usinas.
As três plantas da refinaria JX Nippon Oil & Energy Corp, localizadas em Sendai, Kashima e Negishi, contabilizaram uma perda de refino de 600 mil barris por dia. Além destas, outras refinarias também suspenderam suas atividades após o incidente. A decisão afetou a capacidade de refino de 1,3 milhão de barris por dia no país.
Agências internacionais de notícias dão conta que os EUA devem liderar o grupo internacional de ajuda ao Japão no que diz respeito aos riscos de contaminação com vazamento nuclear.
Apesar das nítidas dificuldades que o Japão enfrentará, o terremoto não torna iminente uma crise fiscal no país, acredita a agência de classificação de risco Moody's, pois o amplo e líquido mercado de dívida do país continuará a financiar os déficits do governo, com custos excepcionalmente baixos. No entanto, o vice-presidente sênior da Moody’s, Tom Byrne, acredita que poderá haver uma reversão nesse cenário, caso o mercado perca a confiança na solidez das finanças públicas do país, exigindo um prêmio de risco sobre os títulos do governo.
Contudo, o Japão assegura que possui capacidade suficiente para absorver o choque destes eventos sobre seu sistema financeiro. Nesse sentido, o BoJ (Banco do Japão) se comprometeu a apoiar as demandas excepcionais do setor financeiro e manter a estabilidade econômica nas próximas semanas. Por conta disso, já forneceu ¥ 55 bilhões a título de liquidez de emergência a 13 instituições financeiras durante a semana, apontou a Moody's.
Foco no mundo árabe permanece
No último pregão, as cotações do óleo já vinham em tendência de queda, após o insucesso na Arábia Saudita da manifestação popular chamada "Dia de Fúria". O principal temor dos investidores era de que as manifestações populares atingissem uma escala semelhante àquela registrada em outros países do norte da África e Oriente Médio, como por exemplo no Egito, no Bahrein e na Líbia.
Na Líbia, forças favoráveis ao governo de Gaddafi avançaram para o leste, na tentativa de recuperar o poder das áreas sob influência dos manifestantes. Na última semana, o ditador já havia atingido novamente o controle de algumas regiões ocupadas, mostrando que o aperto político que ele sofria começa, lentamente, a ser revertido.
Além disso, ainda no mundo árabe, os países do Golfo Pérsico e a Arábia Saudita decidiram enviar tropas a Bahrein, com o objetivo de manter a segurança na região e proteger as instalações produtoras de petróleo
FONTE: YAHOO NOTÍCIAS
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