Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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EPILEPSIA / CONVULSÃO - ATAQUE EPILÉPTICO

A epilepsia é mais caracterizada em ter um ataque, desmaios recorrentes, perca momentânea da consciência com tremor – são as crises motoras.

CARACTERISTICA:

Epilepsia é uma doença neurológica crônica, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, frequência e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes, afetando cerca de 1% da população mundial.

Crise convulsiva acompanhada de descargas elétricas cerebrais que se propaga para todas as regiões do cérebro, levando a uma alteração de toda atividade cerebral. Manifesta-se através de episódios nos quais o paciente parece ficar "fora do ar", no qual ele fica com o olhar parado, fixo e sem contato com o ambiente. Pode também falar coisas sem sentido, que o caracteriza como alterado comportamentalmente, por movimentos estereotipados de um membro.

A descarga elétrica neuronal anômala que gera as convulsões pode ser resultante de neurônios com atividade funcional alterada (doentes), resultante de massas tumorais, cicatrizes cerebrais de processos infecciosos (meningites, encefalites), isquêmicos ou hemorrágicos (acidente vascular cerebral), ou até mesmo por doenças metabólicas (doenças das renais e hepáticas), anóxia cerebral (asfixia) e doenças genéticas. Muitas vezes, a origem das convulsões pode não ser estabelecida, neste caso a epilepsia é definida como criptogênica e idiopática; a epilepsia criptogênica é particularmente frequente na população idosa (ao redor de 40%). Muitos pacientes que não apresentam causa evidente para sua epilepsia podem ter "acidente vascular silencioso". Poderá sempre haver verdadeiros riscos para que uma doença cerebrovascular também aumente o risco de epilepsia.

Mas o pior de tudo isso, é que a PESSOA COM EPILEPSIA é estigmatizada, existindo um forte preconceito social sobre a mesma. Não há um só empresário que tem a capacidade de aceitar uma PESSOA COM EPILEPSIA, trabalhando na empresa que dirige ou que seja de sua propriedade. É certo que a PESSOA A COM EPILEPSIA pode causar riscos, mas isso somente em máquinas operatrizes que ofereçam esse risco. Há funções onde a PESSOA COM EPILEPSIA, não oferecerá risco algum; exemplo: em um escritório, na própria linha de produção onde trabalhe sentada e longe de objetos perigosos.

COMO SE DESENVOLVE?

Pode ser multifatorial o mecanismo desencadeador das crises. Em muitas pessoas, as crises convulsivas podem ser desencadeadas por um estímulo visual, auditivo, ou mesmo por algum tipo específico de imagem. Nas crianças, podem surgir na vigência de febre alta, sendo esta de evolução benigna, muitas vezes não necessitando de tratamento. Há casos decorrentes de parto difícil e falta de oxigenação no momento do mesmo. A neurocisticercose, infecção do encéfalo, medula espinhal ou estruturas perimeningeanas com formas larvais do gênero tênia solim.

Nem toda crise convulsiva é caracterizada como epilepsia; é o caso da DIABETES. Para tal crise convulsiva é preciso que o indivíduo tenha apresentado no mínimo, duas ou mais crises convulsivas no período de 12 meses, sem apresentar febre, ingestão de álcool, intoxicação por drogas ou abstinência, durante as mesmas.

O QUE SE SENTE?

A sintomatologia apresentada durante a crise vai variar conforme a área cerebral em que ocorreu a descarga anormal dos neurônios. Pode haver alterações motoras, nas quais os indivíduos apresentam movimentos de flexão e extensão dos mais variados grupos musculares, além de alterações sensoriais, como referidas acima, e ser acompanhada de perda de consciência e perda do controle esfincteriano.

As crises também podem ser precedidas por uma sintomatologia vaga, como sensação de mal estar gástrico, dormência no corpo, sonolência, sensação de escutar sons estranhos, ou odores desagradáveis e mesmo de distorções de imagem que estão sendo vistas.

A grande maioria dos pacientes só percebe que foram acometidos por uma crise após recobrar consciência, além disso, podem apresentar, durante este período, cefaleia, sensibilidade à luz, o que se nota é que as lâmpadas estroboscópicas também contribuem para a confusão mental, sonolência, ferimentos orais (língua e mucosa oral).

COMO O MÉDICO FAZ O DIAGNÓSTICO?

O diagnóstico é realizado pelo médico neurologista através de uma história médica completa, coletada com o paciente e pessoas que tenham observado a crise. Além disso, podem ser necessários exames complementares como eletroencefalograma (EEG) e vídeo eletroencefalograma, tomografia e/ou ressonância magnética de crânio. O EEG é um exame essencial, apesar de não ser imprescindível, pois o diagnóstico é clínico.

Ele serve apenas para o diagnóstico, como também para monitorar a evolução do tratamento. Outro exame complementar que pode ser utilizado é o vídeo-EEG, no qual há registro sincronizado da imagem do paciente tendo a crise e o traçado eletroencefalográfico deste momento. As técnicas de neuroimagem são utilizadas para investigação de lesões cerebrais capazes de gerar crises convulsivas, fornecendo informações anatômicas, metabólicas e mesmo funcionais.

COMO SE TRATA?

O tratamento da epilepsia é realizado através de medicações que possam controlar a atividade anormal dos neurônios, diminuindo as cargas cerebrais anormais. Existem medicamentos de baixo custo e com poucos riscos de toxicidade. Geralmente, quando o neurologista inicia com um medicamento, só após atingir a dose máxima do mesmo, é que se associa outro, caso não haja controle adequado da epilepsia. Mesmo existindo medicamentos de baixo custo, há também os de alto custo que as PESSOAS COM EPILEPSIA não podem custea-los, e o grande lapso de nossos políticos é exatamente este; pois não veem essa situação!

Mesmo com o uso de múltiplas medicações, pode não haver controle satisfatório da doença. Neste caso, pode haver indicação de cirurgia da epilepsia. Ela consiste na retirada de parte de lesão ou das conexões cerebrais que levam à propagação das descargas anormais. O procedimento cirúrgico pode levar à cura, ao controle das crises ou à diminuição da frequência e intensidade das mesmas. A cura total, nem sempre é considerada como definitiva, pois uma vez o cérebro lesado, jamais ira se recompor.  

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