Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Exclusiva: 7 executivas de tecnologia que fazem a diferença

No Dia Internacional das Meninas nas Tecnologias de Informação e Comunicação, 34,8% da geração Z temem perder trabalho para a IA.

Imagens: Divulgação

O Dia Internacional das Meninas nas Tecnologias de Informação e Comunicação, celebrado nessa sexta-feira (25), busca incentivar meninas e mulheres a seguir carreira na área – e por tabela reduzir a desigualdade de gênero no setor. De acordo com pesquisa da Serasa e da Opinion Box, apenas 24,4% das mulheres da chamada geração Z conhecem bem programas de inteligência artificial, enquanto entre os homens o número é de 36,4%.

O mesmo estudo indica que 34,8% das mulheres têm medo de terem seus trabalhos substituídos pelo IA, enquanto entre os homens são 25,7%. A seguir, sete executivas de tecnologia de grandes empresas compartilham dicas e experiências para mulheres que querem seguir carreira no mundo da tecnologia.

Marina Marinho, gerente do time de especialistas do Jusbrasil

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Advogada, com mestrado e doutorado em direito tributário, e aluna de pós-doutorado em Ciências da Computação na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Marina pesquisa métricas e metodologias de avaliação de qualidade de conteúdo jurídico desenvolvido com IA generativa. Lidera um time de 16 pessoas formado por advogados, desenvolvedoras, programadoras e designers na construção de soluções digitais para profissionais do Direito.

“A minha estratégia sempre foi a do estudo: a partir da certeza da minha autoridade, me sinto segura para me posicionar. Mas nós sabemos que isso não basta para as mulheres”, diz Marina. “Aqui no Jusbrasil, tenho a alegria e a responsabilidade de liderar um time formado majoritariamente de mulheres advogadas, que não apenas estão descobrindo uma profissão nova, mas também desbravando as oportunidades na convergência entre o Direito e IA generativa.”

Gabriela Torres, gerente de inteligência estratégica do Sienge

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Gabriela é engenheira civil formada pela Universidade Federal de Santa Catarina, e atua na estruturação e análise de dados da construção civil, com foco em ciência de dados e análise estratégica de informações.

“Ao longo da minha trajetória, estive em espaços predominantemente masculinos — da engenharia civil à tecnologia e, hoje, como especialista em dados. Nesses ambientes, entendi que minha presença já carregava um significado: ocupar esses lugares também é uma forma de ampliar caminhos e fortalecer a representatividade feminina”, diz.

Para ela, estar em espaços de predominância masculina é “uma oportunidade e uma responsabilidade”. “Falar sobre equidade e representatividade vai muito além de números. É sobre garantir que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades de crescer, liderar e transformar o mercado.”

Lia Bandeira, líder do time de ciência de dados e inteligência artificial da Serasa

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Lidera a equipe que usa dados para impulsionar decisões de cobrança, prospecção de crédito, campanhas de marketing e interação com clientes. Isso significa lidar com uma variedade de soluções que fornecem subsídios para o planejamento estratégico, incluindo estudos avançados, análise estatística, e modelos de aprendizado de máquina.

“Minha trajetória na tecnologia começou quando conheci o mundo dos dados e me interessei pela capacidade deles de gerar informações importantes que, quando bem trabalhadas, podem ajudar diversas pessoas. Minha dica para jovens mulheres que estão começando é: estejam atentas a oportunidades de resolverem problemas, preparadas tecnicamente e emocionalmente para poderem abraçá-las”, diz. “Busquem sempre aprender, conectando-se com mentores que possam te ajudar a identificar e potencializar suas habilidades e não subestimem o poder da curiosidade e da perseverança.”

Lucia Alvarenga, diretora regional da Montreal

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Com mais de duas décadas de experiência no setor de tecnologia da informação, Lucia atua em um ambiente historicamente masculino: a tecnologia. Para ela, confiar no próprio conhecimento é essencial para evoluir.

“Ao longo da minha carreira, fui frequentemente a única mulher em reuniões, negociações e eventos, enfrentando situações em que minha opinião não era ouvida até ser validada por um homem. Isso me ensinou a confiar no meu conhecimento e a me posicionar com firmeza, sem perder a delicadeza, que vejo como um diferencial”, diz.

Ela aconselha as meninas a confiarem no próprio conhecimento, serem curiosas e “nunca parar de aprender”.

Nancy Abe, CIO do Dr.consulta

Nancy Abe sorridente de cabelos castanhos longos e ondulados, vestindo um blazer branco sobre uma blusa rosa e um colar de pedras vermelhas. Ela segura um par de óculos na mão direita e olha diretamente para a câmera com expressão confiante. O fundo é neutro e cinza claro.

Com mais de 35 anos de experiência em TI, atuou em empresas multinacionais como Atos Origin e IBM. Nancy faz parte do MCIO Brasil, grupo de mulheres CIO brasileiros, e tem expertise no setor financeiro, com passagens pela FIS (meios de pagamento), Banco Cacique e Notredame Intermédica. Atualmente está à frente do time de TI do dr.consulta.

“Quando eu comecei na área de tecnologia, na década de 1980 e 1990, nós tínhamos um cenário diferente. Muitas colegas me questionavam se era realmente o que eu queria, já que não era comum entre as mulheres”, lembra.

Nancy pontua que infelizmente as mulheres foram criadas num mundo onde não havia igualdade de gênero, então para ela aceitar um desafio de liderança exige confiança. “Somos multifuncionais, trabalhamos durante o dia, somos esposa e mãe durante a noite, muitas vezes estudantes e quando possível mulheres. A realidade é que vivemos diariamente com o desafio de equilibrar os vários pratinhos e mesmo assim muitas vezes achamos que não estamos prontas”, pondera.

Tatiane Moreira, gerente de desenvolvimento de software da Evertec + Sinqia

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Possui mais de 19 anos de experiência em tecnologia, com foco no mercado financeiro. A executiva cursava o quinto período da faculdade de jornalismo quando começou a se interessar por tecnologia, e decidiu começar um curso de extensão em tecnologias na PUC-RJ.

Ela conta que o início acadêmico foi desafiador, sobretudo porque a turma era predominantemente composta por homens – o que não mudou quando entrou no mercado de trabalho. Tatiane diz que teve que lidar com preconceitos por ser uma das poucas mulheres na área.

“Os maiores desafios, no entanto, vieram ao assumir posição de gestão e, em contato com um ou outro gestor de cliente mais tradicional, em primeiras interações, ser questionada sobre quem era o meu superior, para que pudesse escalar algum assunto, ao que prontamente eu respondia que poderia resolver comigo mesma”, lembra a executiva. “Superada essa barreira inicial e com o resultado do trabalho, o cliente passava a me procurar e até a me ter como referência.”

Jullie Harten, group product manager da Fluency Academy

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Com mais de 15 anos de experiência em educação, design instrucional e desenvolvimento de produtos digitais, Jullie construiu carreira integrando tecnologia, acessibilidade e inovação em experiências de aprendizagem.

Começou como professora de inglês, sempre com foco em criar soluções educacionais envolventes e acessíveis. Atualmente, lidera uma equipe responsável pelos principais produtos da Fluency. Com um portfólio que inclui desde jogos educacionais até plataformas de ensino, acredita que transformar ideias em ação sempre foi o maior diferencial da sua trajetória.

“Algo que foi decisivo na minha carreira foi não deixar minhas ideias paradas. Desde a época da faculdade, sempre busquei maneiras de tirar projetos do papel, mesmo sem recursos financeiros. Às vezes convenci amigos ou colegas de trabalho, outras inscrevi propostas em editais e chamados para projetos”, aconselha a especialista. “ Muitos nem chegaram a ser lançados, mas o processo de ter trabalhado neles me deu repertório, me ensinou muito e me ajuda até hoje a comunicar ao mundo o que me interessa e o que sou capaz de construir.”

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