Fonte:|jornaldenegocios.pt|
Empresário arrasa formadores: "Não sabem teoria e muito menos a prática", lamenta Carlos Branco, presidente da Empresa Têxtil Nortenha, em declarações ao Negócios.
Até exportou 92% da produção e facturou 12 milhões de euros em 2010, um crescimento de 8% face ao ano anterior. Cenário risonho e repetível para 2011? O presidente da Empresa Têxtil Nortenha (ETN), Carlos Branco, mete o travão e deixa o alerta: faltam especialistas, faltam formadores competentes e falta quem queira trabalhar no têxtil. Com tanta ausência de recursos, não há novos mercados a explorar, apenas uma tentativa: "Crescer dentro dos nossos clientes".
O primeiro-ministro e ministro da Economia colocaram como objectivo que, até ao fim da década, as exportações valham 40% do PIB. Mas, para já, Carlos Branco afirma que não conseguirá aproveitar as novas encomendas que poderiam resultar da instabilidade no Norte de África: "Não estou preparado. Estou a lutar com atrasos. Vendi mais em 2010 do que no ano anterior, mas não consegui entregar tudo. Não tenho 'staff' suficiente para acompanhar as exigências actuais, porque não há gente", lamenta o empresário.
Mas por que é que não há operários na região do Vale do Ave, onde a Nortenha está instalada (Famalicão)? "Porque as pessoas não querem trabalhar, vivem do subsídio de desemprego. Não há costureiras, nem modelistas, nem estendedoras para cortar tecidos ", argumenta o presidente da ETN.
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Enquanto não existir modelos de incentivos para os trabalhadores produtivos (salário mínimo + modelo incentivo) vai continuar a existir este problema de falta de mão-de-obra. Porque é que as pessoas irão trabalhar neste sector (como máquinas) a ganhar uma miséria quando têm outros trabalhos que até ganham mais, ou pelo menos o mesmo com outras condições laborais?
Isto só é possível em máquinas como a China, onde infelizmente as pessoas têm de comer e trabalham por isso, e aí sim… tudo é possível fazer sem consequências para as empresas, e tudo que se referiu em cima será uma miragem….
Caso contrário, é necessário que todos os empresários avaliarem como um todo a industria de forma objectiva e coerente, e não olhar para a empresa da sua secretária e tirar conclusões irrealistas...
Se existe trabalho e os lucros crescem, porque é que este sector é sempre o mais penalizado com falta de mão-de-obra? Porque é que esta indústria com tanta tradição e impulsionadora das exportações enfrenta sempre estes problemas?
Enquanto não pagarem o justo pelos trabalhadores (qualificados ou não) e os responsabilizarem pelo seu trabalho (deixando as empresas de terem custos com pessoas que controlam o trabalho dos outros refazendo o que já foi feito pelos outros, caminhando na eliminação do desperdício e melhoria contínua diariamente) estaremos sempre neste impasse…
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