Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Em resposta a artigo, presidente destaca "herança bendita" de "um exemplo de estadista"

BRASÍLIA A lua de mel entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso parece ter chegado ao fim. Ontem, ao sair em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma rebateu, de forma dura, críticas feitas por Fernando Henrique em seu artigo mensal, publicado no último domingo no GLOBO e no jornal "O Estado de S. Paulo". Em nota oficial, a presidente disse que recebeu de Lula uma herança bendita. "Não recebi um país sob intervenção do FMI ou sob a ameaça de apagão", afirmou Dilma, em referência direta ao governo do tucano, que precisou recorrer ao Fundo Monetário Internacional e enfrentou racionamento de energia. A presidente destacou ainda que "Lula é um exemplo de estadista".

Fernando Henrique abriu seu artigo afirmando que a presidente "recebeu uma herança pesada de seu antecessor". Contemporizou, dizendo que nem Lula nem Dilma são responsáveis "pela maré negativa da economia internacional", mas apontou a "crise moral" como um dos principais problemas dos governos petistas. Lembrou que, no primeiro ano de Dilma, caíram oito ministros, "sete dos quais por suspeitas de corrupção", e ligados a Lula. Citou o mensalão, aliviando Dilma, mas responsabilizando o PT.

Nota fez referência à reeleição

Em tom duro, Dilma fez referência à aprovação da emenda da reeleição, no governo Fernando Henrique, beneficiando o próprio tucano, e chamou Lula de estadista e democrata: "Um democrata que não caiu na tentação de uma mudança constitucional que o beneficiasse". A presidente destacou que, com Lula, o Brasil se tornou mais respeitado no exterior, "graças às posições firmes do ex-presidente Lula no cenário internacional".

Embora as críticas de Fernando Henrique estejam mais focadas no governo Lula, sobraram farpas para Dilma. E numa área que é cara à presidente: o setor energético. "O que mais pesa como herança é a desorientação da política energética", escreveu o ex-presidente. Dilma foi ministra de Minas e Energia, além de presidente do Conselho Administrativo da Petrobras no governo Lula, e costuma ser apresentada como a mulher que organizou o sistema elétrico no país. Por isso, a resposta sobre não ter recebido o "país do apagão".

Na nota, Dilma disse que foi "citada de modo incorreto pelo ex-presidente" e, por isso, pretendia "recolocar os fatos em seus devidos lugares". Segundo ela, Lula deixou-lhe "uma economia sólida, com crescimento robusto, inflação sob controle, investimentos consistentes em infraestrutura e reservas cambiais recordes". Dilma afirmou ter recebido "um país mais justo e menos desigual, com 40 milhões de pessoas ascendendo à classe média, pleno emprego e oportunidade de acesso à universidade a centenas de milhares de estudantes".

Por fim, Dilma afirma que "não reconhecer os avanços que o país obteve nos últimos dez anos é uma tentativa menor de reescrever a História". Para a presidente, "o passado deve nos servir de contraponto, de lição, de visão crítica, não de ressentimento". A presidente diz ter aprendido com os erros e os acertos de todas as administrações anteriores, mas que governa "com os olhos no futuro".

fonte:Autor(es): Luiza Damé. O Globo

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Comentário de Romildo de Paula Leite em 5 setembro 2012 às 15:03

   Gostei dos observadores pedestres, rsssssssssssssss.

Abraços Romildo.

Comentário de petrúcio josé rodrigues em 5 setembro 2012 às 10:29

Seu comentário é preciso. O problema é o "fogo amigo".

Na verdade, o universo da politica brasileira, e como se  fosse um "saco de farinha de mandioca". todos estão no mesmos contexto. uns mais  queimados outros branquinhos e outros ainda "crús". porém todos fazem parte do mesmo universo.

Comentário de Romildo de Paula Leite em 5 setembro 2012 às 9:57

  Não pode haver democracia sem oposição, os tucanos estão calados a vários anos( Sergio guerra, FHC, Aécio Neves, Jose Serra, etcccc). A única oposição existente no Congresso é a do "fogo amigo", atras de cargos , emendas e mamatas.

Comentário de petrúcio josé rodrigues em 5 setembro 2012 às 8:18

Companheiro Romildo de Paula,

esse era um namoro anômalo. jamais poderá  haver namoro entre uma baleia irracional com tucano que pode aprender.

Ademais, os ultimos fatos tem classificado o PT, pela Côrte Máxima (STF), em ser "formação de quadrilha", diante  disto esta explicado a dissolução do namoro.    

Essa  afirmativa dita pelo Ministro Relator do Mensalão, é pública  e notória para todo o universo de Brasil.

diante  dos fatos é  compreensivel que FHC, tenha se  resguardado.

afinal estamos no Brasil!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Comentário de Romildo de Paula Leite em 4 setembro 2012 às 21:01

Heranca maldita? - Fernando Henrique Cardoso

O ex-presidente prefere falar de herança pesada, e faz um relato de fato pesado sobre todos os descalabros da era Lula, que mais do que políticas erradas, nos planos macroeconômico e setorial, provocou fundamentalmente uma erosão moral poucas vezes vista no país, um desmantelamento total das instituições públicas, sobretudo o próprio Executivo e o Legislativo.
Mas tem uma herança verdadeiramente maldita que FHC não menciona e que foi ele quem começou: as ações afirmativas de cunho racialista. A despeito dele ter sido bastante modesto em sua implementação, seu sucessor escancarou as portas e ultrapassou todos os limites, criando várias medidas legais de natureza racista, abrindo as portas para um verdadeiro Apartheid no Brasil. Essa herança, pelo menos essa, começou com FHC.
Paulo Roberto de Almeida

Obs. Transcrito do blog Diplomatizzando.

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