Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Fibra de Coco brasileira tem potencial para gerar empregos e receitas para o país

Fonte:|brazilianfibres.com.br|

As propriedades especiais das fibras de coco – grande elasticidade, capacidade de resistir à umidade e às diversas condições climáticas e alta resistência ao desgaste – estão chamando a atenção de produtores em todo o mundo. “A Bahia é o maior produtor nacional de coco, sendo responsável por 34% do total, com produção estimada em 408 mil toneladas. Apesar disso, grande parte da produção da fibra ainda é desperdiçada. Só em Salvador, 60 toneladas de coco verde vão para o lixo todos os dias, fato lamentável diante do seu potencial para gerar emprego e renda,” afirma o presidente do Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais (Sindifibras), Wilson Andrade.
Apesar de ser o maior produtor de coco do Brasil, o Estado deixa de aproveitar essa matéria prima que rende aos demais países produtores cerca de U$ 200 milhões por ano. Além disso, a Bahia deixa de utilizar a fibra na fabricação de compósitos, que poderiam ser utilizados nos setores automobilísticos, náutico e em peças de eletrodomésticos.
Juntamente com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (Apex-Brasil), o Sindifibras desenvolve projetos que visam a instalação de unidades de procesamento primário em diversas cidades produtoras. “ O projeto que pretendemos construir em conjunto com entidades locais, em associação com empresários visitantes e baianos, prevê a utiização de fibras de coco seco e principalmente de coco verde, cuja a disposição vem causando danos ambientais elevados, custos para as Prefeituras e órgãos ligados ao setor”, ressaltou Andrade.
Matéria prima não falta, já que o litoral Norte/Nordeste brasileiro tem uma extensão de 4,5 mil quilômetros e é totalmente apropriado para o cultivo de coco. No Brasil, estima-se que há 90 mil hectares de área plantada e quase três bilhões de frutos produzidos por ano.

Novas utilizações da fibra

Os novos usos das fibras de coco estão sendo desenvolvidos, por exemplo, na substituição da fibra de vidro, do cimento amianto e de outros materiais sintéticos utilizados na produção de componentes para importantes indústrias. Em automóveis, os compósitos estão em painéis, pára-choques e revestimentos para portas, tetos e pisos, dando leveza, resistência e economia. A empresa automobilística Mercedes-Benz faz uso das fibras de coco. O produto começou a ser usado na fabricação de encostos de cabeça para os bancos dos caminhões. Desde 1999 o material compõe os assentos dianteiros do modelo Classe A.
Outras montadoras européias também utilizam estofamento de fibra de coco, que oferece muitas vantagens em relação às espumas de poliuretano (PU), geralmente usadas nos estofamentos. As vantagens do coco, neste caso, são o fato de ser um produto biodegradável, que não causa impacto ambiental, possibilita maior conforto e aumenta o espaço interno do veículo, já que a espessura das almofadas é menor em relação à da espuma de poliuretano.

Uso tradicional

Em usos domésticos tradicionais, a fibra de coco serve de matéria-prima para a confecção de tapetes e capachos. “Esses produtos têm alta durabilidade, maior retenção da sujeira e serve como fungicída natural”, destaca Wilson Andrade. Escovas e vassouras também podem ser feitas com a matéria-prima, que pode, ainda, servir de enchimento para almofadas e de mantas para reflorestamento, as quais facilitam o processo de restauração de areas de recuperação ambiental e de mata ciliar.

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