Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Frente Parlamentar em defesa da Indústria Têxtil e de Confecção defende produto brasileiro

Fonte:|blogdaindustriatextil.blogspot.com|

Os deputados federais Odair Cunha, Maurício Hands, Rodrigo Rocha Loures, José Fernando Aparecido e Guilherme Campos, todos membros da Frente Parlamentar, entregaram no dia 14 de abril ao Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, carta em defesa da indústria brasileira

Os deputados federais Odair Cunha (PT/MG), Maurício Hands (PT/PE), Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR), José Fernando Aparecido (PV/MG) e Guilherme Campos (DEM/SP), todos membros da Frente Parlamentar em defesa da Indústria Têxtil e de Confecção, entregaram no dia 14 de abril ao Ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, carta em defesa da indústria brasileira. Isso porque o presidente Luís Inácio Lula da Silva recebe os primeiros ministros da Rússia, Índia e China, que compõe o grupo de países emergentes (BRIC), no dia 15 de abril. O encontro gera preocupação sobre os acordos comerciais que poderão ser firmados, principalmente entre Brasil e China.

O país asiático triplicou o investimento no Brasil no último ano e isso significou uma perda de mercado para a indústria brasileira. “A roupa que os nossos soldados usam, por exemplo, são feitas por chineses”, contou Fernando Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT).

Segundo levantamento da ABIT, entre 2002 e 2009 as importações brasileiras de produtos têxteis e confeccionados provenientes da China cresceram 1.356%. Atualmente cerca de 60% de todo o vestuário importado pelo Brasil tem como origem o país asiático.

A profunda penetração dos produtos chineses no mercado brasileiro foi caracterizada pelos deputados como um sequestro de empregos e produção do País. Além disso, segundo a ABIT, a invasão chinesa do mercado brasileiro tem deslocado outros fornecedores, como os países Sul Americanos, o que prejudica o processo de integração econômica e produtiva do Brasil com estes parceiros.

O setor têxtil e de confecção do Brasil é competitivo, conta com mais de 30 mil empresas, emprega mais de 1,7 milhão de trabalhadores diretos e arrecada por ano mais de R$ 47 bilhões. O setor considera inaceitável as diferenças concorrenciais entre as indústrias brasileiras e estrangeiras. Ontem uma carta expondo as razões que tornam a concorrência entre Brasil e China desleal foi entregue a Celso Amorim.

“Essas diferenças são geradas principalmente pela manipulação cambial, por políticas de concessão de subsídios para produção e exportação, pela exploração de mão de obra com encargos sociais altíssimos e inadequados, precárias condições de trabalho e ausência de práticas que não agridam o meio ambiente”, enumerou Fernando Pimentel.

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Comentário de Edson Machado da Silva em 23 abril 2010 às 10:53
Em 1.995, com os problemas que o setor têxtil vinha encontrando, em decorrência da entrada dos produtos coreanos no Brasil, lembro-me que a Industria Têxtil de Americana/SP e região (hoje denominada região do Pólo Têxtil) saiu para as ruas, empresários, trabalhadores e prefeitos. Houve uma manifestação que para a Rod. Anhanguera. Inclusive o nosso prefeito da época (Dr. Frederico Polo Muller) apanhou chegou a apanhar dos guardas da PM (fato inédito) e, então, o Sr. Fernando Henrique Cardoso (presidente do Brasil nesta época), no mesmo dia, quando a manifestação ecoou por todo o país, e fora dele, protegeu o nosso setor por 10 anos, pedindo e dando condições de modernização do nosso parque fabril.
Em 2005 a industria têxtil representava a 2° setor que mais empregava, e o 2° setor em relevância nas exportações. Foi quando o nosso atual presidente (Sr. Luis Inácio Lula da Silva) fez o contrário, ou seja, abriu as portas para todo o polo asiático textil para venderem o que, e a quem quisessem aqui no Brasil. Como se não bastasse isso, ainda os ajudou, valorizando a nossa moeda frente ao dóllar, viabilizando ainda mais a importação do produtos asiáticos, em detrimento das exportações de produtos texteis brasileiros.
Há um velho ditado que diz que, "uma vez que a porteira foi aberta, e o rebanho entrou, fica difícil tirá-los para fora", motivo pelo qual não acredito em tomada de decisões de políticos como essa. Embora ache louvável da parte deles.
E olhe que nem comentei sobre os tecidos que entram em nosso país de maneira ilícita (contrabandeados).
Abraços à todos deste importante Forum.

Edson Machado

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