Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

Geografia do Twin-set - A França é Mãe e Proprietária do Termo Alta-Costura

Fonte:|valoronline.com.br|

Geografia do twin-set

A França é mãe e proprietária do termo alta-costura. Foi pela arte de criar roupas originais e feitas sob medida que o país ficou reconhecido na moda. Nos anos 50 se rendeu ao ready-to-wear americano, as roupas prontas, que naquelas terras ganharam o nome de prêt-à-porter. Criada em 1949, a Weill é a grife mais antiga a operar nesse modelo na França. Carrega em seu DNA o estilo das mulheres trabalhadoras da época e que ficou consagrado como clássico do mundo fashion: tailleurs, twin-sets, casacos e peças de tweed. São esses itens (especificamente um terço da coleção de outono/inverno 2012) que a marca traz em sua primeira incursão no Brasil. A estratégia inicial é chegar a no máximo vinte multimarcas - "as poucas que compram grifes internacionais" -, começando pela Daslu, que tem a exclusividade das vendas em São Paulo, e pela M&Guia, em Belo Horizonte. "Essa vem sendo nossa estratégia fora da França: começar pela venda em multimarcas para sentir o mercado e, depois, pensar em abrir franquias", conta Nicole Lejeune, diretora comercial e de exportação da Weill. Ela fez uma breve passagem pelo Brasil na última semana para acompanhar a chegada das primeiras peças da grife ao showroom. "O Brasil é o país da América Latina com o maior potencial para a marca, por isso estamos começando o trabalho na região por aqui. Esperamos que daqui a três anos, quando a marca estiver bem conhecida, possamos abrir uma primeira franquia." Para aproximar a Weill do seu público - "business women de personalidade, que procuram qualidade nas roupas" - a estratégia é recorrer às ações de relações públicas e eventos. A primeira coleção chega às lojas em agosto. A partir daí, o passo seguinte é vestir mulheres como Fernanda Montenegro e Marília Gabriela. No Brasil, o preço médio das peças será de R$ 1.500. A meta é que o país corresponda a 10% das vendas internacionais da Weill nos próximos anos.

Twin-set I A Weill é uma marca de "luxo no ready to wear" que, apesar bastante tradicional - e reconhecida pelos que têm o hábito de viajar à França, onde tem 44 lojas e está em 400 multimarcas -, é pouco conhecida fora de seu habitat. Entre outros motivos, porque sua expansão internacional começou pra valer bem depois de grandes players como Chanel ou Dior. Nicole foi contratada pela empresa há nove anos, com o objetivo de dar início às vendas da empresa pelo mundo. Atualmente, as exportações representam 40% do total, que é de € 50 milhões ao ano. Nos últimos anos, as vendas para o exterior ganhou ainda mais importância dentro da Weill. A Weill aumentou o comércio fora da França para compensar os efeitos da crise econômica. "A família Weill, que até hoje controla a empresa, entendeu que a marca morreria se ficasse só na França. Uma grife precisa viajar para encontrar as novas necessidades dos clientes." A atuação internacional da grife está principalmente em multimarcas - são 385 no mundo. A abertura de franquias começou há três anos. Hoje, são 12, entre Portugal, Líbia, Bélgica, Kuwait, Rússia e China. A Rússia detém 20% das exportações e é o país mais importante para a marca. Depois da entrada no Brasil, a próxima aposta da grife será o Chile, onde já encontrou um parceiro comercial.

Twin-set II A Weill mantém um ateliê com 80 funcionários na cidade de Laon, a 120 km de Paris. Lá, é produzido 15% da coleção, principalmente as peças feitas de lã. "Essas devem ser as mais vendidas no Brasil", aposta Nicole. Os outros 85% são terceirizados em fábricas de países como Polônia Romênia, Itália e na própria França. As peças de tweed, por exemplo, são feitas com tecidos exclusivos e produzidas na mesma fábrica em que a Chanel faz suas encomendas, no sul da França. "Procuramos parceiros para produzir também no Brasil, mas não encontramos. Aqui a mão de obra, além de cara, não é tão qualificada", diz Dimitri Mussard, francês que faz parte da família Hermès e sócio da Acaju do Brasil, que representa e distribui a Weill por aqui. A empresa também cuida das vendas das grifes Vicomte Arthur, Twins For Peace, Clemence de Gabriac e Les Petits Joueurs.

 

Garotinha de Ipanema Para encontrar a pequenina na praia, procure pela miniatura da mamãe. A Blue Man está aumentando seu investimento no mercado infantil com a ampliação da linha de roupinhas para crianças. Na coleção de inverno, lança cerca de 15 modelos de vestidinhos e shorts, para crianças de quatro a oito anos. As estampas da coleção infantil são as mesmas da adulta. "Usamos sempre como referência a coleção adulta. Algumas modelagens são idênticas, como o biquíni de lacinho, outras são adaptadas às necessidades das crianças. Não usamos, por exemplo, o modelo cortininha para crianças, fazemos sutiãs tipo camiseta", Sharon Azulay, diretora da Blue Man. A expectativa é vender mais de dez mil peças. Para o verão, a linha infantil deve ficar ainda maior, com acessórios de praia como chapéus, bonés e boias. "A expectativa é aumentar o faturamento em 10% com essa linha e que ela represente 5% no faturamento total."

Exibições: 169

Comentar

Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!

Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

© 2024   Criado por Textile Industry.   Ativado por

Badges  |  Relatar um incidente  |  Termos de serviço