Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Grandes redes de vestuário voltam a ampliar número de parcelas e carência

Fonte:|Valor online|

As maiores redes de vestuário deixaram para trás o tom de cautela na concessão de crédito aos consumidores que predominou ao longo do primeiro semestre e voltaram a ampliar o número de parcelas nos planos de pagamento com juros. Além de elevar as vendas, esses planos vão engordar as receitas das varejistas com a cobrança de juros neste segundo semestre, quando se espera um cenário mais otimista para o setor de vestuário que nos seis primeiros meses do ano.

Uma das armas mais poderosas para disputar clientes tem sido a oferta de meses de carência para o início do pagamento das prestações, recurso que deve ganhar um peso ainda maior nas estratégias de marketing das varejistas durante o Natal.

Segundo fontes do setor, a Renner saiu na frente na adoção de uma política mais agressiva de crédito, o que levou a Marisa, Riachuelo e C&A a ampliarem o número de prestações.

Na quarta-feira, a Marisa voltou a oferecer planos de pagamento em oito vezes com juros (de 6,9% ao mês) e até 100 dias de carência, modalidade que havia sido retirada das prateleiras da varejista a partir de outubro de 2008. Durante o primeiro semestre, a Marisa ofereceu basicamente três tipos de planos: em cinco parcelas sem juros, em cinco parcelas com juros e carência de até 100 dias e oito vezes com juros sem carência.

Segundo Flávio Rocha, diretor-financeiro da Riachuelo, a varejista já voltou a oferecer planos de pagamento em oito vezes com juros e carência de até 100 dias no Dia das Mães e decidiu mantê-los no cardápio. A varejista também suspendeu essa opção no auge da crise, que atingiu em cheio o Natal em 2008.

"A carência tem um apelo importante, especialmente para as vendas de Natal. Sazonalmente, as pessoas têm um número grande de contas para pagar no início do ano", afirma Rocha, que prevê que, diferentemente de 2008, este será um Natal sem crise e com crédito.

Um dos fatores que estimula as varejista a correr mais riscos na concessão de crédito é o comportamento das taxas de inadimplência, que estão se mantendo em patamares mais baixos que o esperado. Na Riachuelo, a inadimplência caiu de um pico de 11%, alcançado ao longo do primeiro semestre, para atuais 9% .

Na Marisa, as perdas com as vendas a prazo estavam em 5,2% no inicio do ano e cederam para 4,9% em junho. "Havíamos nos preparado para um cenário pior, que não aconteceu", afirma Renata Isis Kater, gerente de relações com investidores da varejista, para quem o segundo trimestre "marcou uma mudança de tendência".

Apesar da maior oferta de crédito, as taxas cobradas pelas varejistas ainda não caíram. As redes preferem, por enquanto, dar mais prazo e diminuir o valor das prestações, cujo impacto para o consumidor é bem maior do que um corte nos juros. Nas lojas de vestuário, o valor das prestações é baixo, chegando a R$ 12 ou R$ 15 . "Quanto menor a prestação melhor", afirma Renata Kater. As taxas também incidem sobre os dias de carência para o cálculo das prestações.

A participação dos parcelamentos com juros nas vendas feitas com o cartão Marisa já cresceu de 25,2% no primeiro trimestre para 27,4% no segundo trimestre deste ano. Na Riachuelo, os planos com juros responderam por 24,2% das vendas pagas com o cartão da varejista no segundo trimestre, 5,4 pontos percentuais a mais que no primeiro trimestre.

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