A H&M registou o seu pior resultado em 16 anos no primeiro trimestre deste ano, com o tempo anormalmente frio a ser um dos fatores que complicaram a vida à cadeia de lojas de vestuário sueca. Assim, os resultados depois de impostos da empresa atingiram as 1.372 milhões de coroas suecas (134 milhões de euros), uma queda de 44% face a igual período de 2017. As vendas, incluindo IVA, desceram 1,5% para 53.554 milhões de coroas suecas (5,2 mil milhões de euros).
Karl-Johan Persson
Em comunicado, o CEO da H&M justificou estes resultados com «vendas fracas no primeiro trimestre» devido à necessidade de escoar stock e ao tempo anormalmente frio, «que tiveram um impacto negativo na venda de roupa de primavera», explicou Karl-Johan Persson. O gestor referiu ainda que «a rápida transformação no sector da moda continua», salientando ao mesmo tempo que o grupo está a «acelerar a sua transformação para que possa tirar dividendos das oportunidades geradas pela rápida digitalização».
Persson deu conta ainda das iniciativas que a empresa está a desenvolver, com bons resultados, mas que ainda não foram lançadas a uma escala suficientemente grande para ter impacto nos resultados do grupo. Entre as novidades em que a H&M está a apostar para estancar a queda das vendas está o lançamento de uma loja online na Índia em março deste ano, de novos espaços na China e uma aposta, via franchising, na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos, também na Internet. O grupo está também a lançar a nova marca Afound durante este ano, para venda não só de produtos da H&M, mas também de outras marcas. A entrada em funcionamento de três novos centros logísticos automatizados também aumentou a eficiência e capacidade. O grupo irá expandir as suas operações para o Uruguai e para a Ucrânia no segundo semestre deste ano.
A H&M acredita que as vendas online e os novos negócios irão crescer mais de 25% durante o ano e que os resultados de 2018 serão «de alguma forma» melhores do que os de 2017 .
Vários analistas alertaram para as dificuldades que a empresa enfrenta para recuperar em termos financeiros e operacionais. «Os sinais preocupantes estão no acumulado de inventário», apontou Chris Chaviaras, analista da Bloomberg. Alvira Rao, do Barclays, afirmou que os próximos 12 a 18 meses «serão um desafio» para o grupo, admitindo que as iniciativas que estão a ser implementadas podem não ser suficientes para aguentar com a concorrência.
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