Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Há, mesmo, coisas que não têm preço. Ver a execrável figura política do ex-deputado Valdemar Costa Neto preso na Papuda, por exemplo…

Valdemar Costa Neto: (Foto: Ed Ferreira / Estadão Conteúdo)

Valdemar Costa Neto: desdém notório por valores que deveriam tornar nobre a atividade de quem lida com a coisa pública (Foto: Ed Ferreira / Estadão Conteúdo)

Cara de pau até o fim…

Como já sabe a maioria dos leitores, embargos infringentes são recursos que propiciam um novo julgamento no caso do condenado que, no Supremo Tribunal Federal, mesmo sendo condenado pela maioria dos 11 ministros, obtém quatro votos a seu favor.

O ex-deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), ainda que tenha sido condenado por unanimidade (10 votos a 0) por crime de corrupção e por 9 votos a 1 pelo de lavagem de dinheiro, não teve dúvidas e mandou seus advogados impetrarem embargos infringentes, tentando escapar dos 7 anos e 10 meses de cadeia a que foi condenado.

O presidente do Supremo e relator do processo do mensalão, Joaquim Barbosa, contudo, rejeitou os embargos e decretou o trânsito em julgado da ação, ou seja, determinou que não cabem mais recursos e que a pena de cadeia deve ser executada.

Costa Neto já está no complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, depois de haver renunciado ao mandato de deputado.

Por seu modo de fazer política ao longo de 36 anos de vida pública, por sua trajetória fisiológica, por seu conceito de compostura, por seu comportamento como político, por seu desdém notório por valores que deveriam tornar nobre a atividade de quem lida com a coisa pública, até pela linguagem baixaria que costuma utilizar quando câmeras e microfones estão desligados, por ser alguém que nem vocês nem eu convidariam para a casa ou apresentariam para a mãe, saber que Valdemar Costa Neto — ou “Boy”, seu apelido na região de Mogi das Cruzes (SP), na qual exerceu sua influência política — está na cadeia é algo que, como diz a propaganda famosa, não tem preço.

O Supremo Tribunal, em seu caso, como no de outros, livrou a vida pública brasileira de um tipo de câncer político dos mais daninhos.

Pena que esses 7 anos e 10 meses não transcorrerão no regime fechado, mas no semiaberto. Já é alguma coisa que durante esse longo período ele seja obrigado a dormir na cadeia todo santo dia.

Mesmo no semiaberto, diante da figura política execrável que, agora, passará boa parte de seu tempo atrás das grades, repito: há coisas que não têm preço.

http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/

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Comentário de Romildo de Paula Leite em 7 dezembro 2013 às 16:28

Por ser alguém que nem vocês nem eu convidariam para a casa ou apresentariam para a mãe, saber que Valdemar Costa Neto — ou “Boy”,está na cadeia é algo que, como diz a propaganda famosa, não tem preço.

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