Estudo da Ampro mostra prós e contras do home office e indica tendências do trabalho das agências após a vacinação.
A pandemia foi responsável pela transformação de diversos aspectos da sociedade. Uma das principais mudanças foi em relação ao trabalho. Com encontros presenciais impossibilitados pelas medidas de isolamento social, profissionais migraram do escritório para o home office. O que parecia uma situação temporária se transformou em um modelo duradouro — e a tendência é que não acabe. Pesquisa feita pela Associação de Marketing Promocional (Ampro) mostrou que o trabalho remoto deve continuar no futuro, mesclado com encontros presenciais assim que o cenário permitir.
O estudo foi apresentado na quinta-feira, 18, data em que os funcionários da entidade completaram um ano trabalhando em casa. A Ampro ouviu 30 agências associadas. Entre elas estão empresas de trade marketing, incentivos, promoções e eventos. Segundo os resultados, 56,7% delas informaram que adotarão definitivamente o regime híbrido após a vacinação, enquanto 10% afirmaram que devem permanecer totalmente em home office no pós-pandemia. A parcela das que desejam voltar ao trabalho presencial é de 16,7%. A mesma porcentagem declarou que ainda não definiu como será a volta.
Uma das vantagens apontadas pela pesquisa foi o aumento da produtividade dos funcionários em 73% das agências. Entre os demais benefícios, questões como a proximidade da família, maior foco e flexibilidade, melhor aproveitamento do tempo e realização de reuniões mais objetivas também foram citadas. Além disso, a segurança e economia para a empresa foram considerados prós do home office.
“Acredito que essa é uma tendência irreversível. As empresas perderam o medo do trabalho a distância e perceberam que a produtividade não cai neste tipo de regime”, declara Alexis Pagliarini, presidente executivo da Ampro. Ele diz, ainda, que é possível afirmar com segurança que o modelo híbrido — em que colaboradores trabalham uma parte do tempo na agência e outra parte em casa — é algo que chama a atenção, além da criação de postos de trabalho compartilhados.
Os contras do regime remoto
O levantamento reuniu também as desvantagens do trabalho a distância. Muitas agências alegaram que, embora reconheçam a eficiência do home office, a falta de contato físico é um fator negativo. O número foi de 60%. Problemas como dificuldade na adequação da rotina, excesso de trabalho, interferência de fatores externos, problemas de conexão e equipamentos inadequados também entraram em pauta.
Ainda que a pesquisa não tenha coletado dados sobre o perfil dos respondentes, Pagliarini afirma que a condição social dos colaboradores é capaz de impactar diretamente na qualidade do trabalho. Ele cita, como exemplo, as dificuldades que indivíduos possam ter com filhos em casa ou com o tamanho da moradia, gerando ausência de privacidade.
A pandemia levantou questionamentos acerca da saúde mental dos colaboradores. 73,3% das empresas ouvidas relataram preocupação com os funcionários durante o ano analisado. Para sanar o problema, as companhias ofereceram terapias para a equipe, palestras e workshops sobre ansiedade e produtividade, além de atividades de interação e assistência direta do RH.
As empresas também alegaram ter sofrido com as medidas provisórias sugeridas pelo governo no ano passado. A redução de salários e jornada foi adotada por 73,3% delas. O mesmo percentual informou que o quadro de colaboradores foi impactado.
Hibridização
A mudança de comportamento das agências pode ser observada já no presente. Durante o tempo em que os funcionários estão em home office, 53,3% das empresas mantiveram o espaço físico, enquanto 36,7% optaram pela mudança para locais de menor porte ou pela redução da área de trabalho. O estudo ressalta que os encontros presenciais serão feitos algumas vezes por semana, por exemplo, ou quando houver demanda para reuniões e discussão de questões pontuais.
O presidente executivo da Ampro acredita que a tendência pode fazer com que as companhias criem vagas destinadas exclusivamente ao trabalho remoto. Ele diz, ainda, que o segmento analisado pela pesquisa já tinha a característica de trabalhar com profissionais em estilo freelancer, principalmente para questões da tecnologia — área que cresceu durante a pandemia.
*Crédito da imagem do topo: Hitarth Jadhav/Pexels
Giovana Oréfice
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