Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Importações preocupam transformadores de plástico

Schmitt afirma que câmbio afeta a competitividade do setor

Schmitt afirma que câmbio afeta a competitividade do setor

O desempenho das empresas gaúchas do plástico neste início de ano está aquém do esperado. Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias de Material Plástico no Estado do Rio Grande do Sul (Sinplast-RS), Alfredo Schmitt, a demanda está ligeiramente abaixo da verificada no mesmo período de 2010. Entre os motivos que contribuem para essa situação o dirigente aponta a maior importação de produtos já transformados, como brinquedos e embalagens de massa, e não apenas de resinas termoplásticas. Muitos desses artigos são provenientes da China.

De acordo com dados apresentados pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), a entrada de itens estrangeiros no mercado nacional vem se intensificando. No ano passado, foram importadas 616 mil toneladas de transformados plásticos, a um custo de US$ 2,8 bilhões. O número representa um aumento de 31% em peso e 34% no valor das importações em relação a 2009. Em contrapartida, as exportações em 2010 cresceram apenas 10%, com 309 mil toneladas enviadas para outros países. O déficit da balança comercial do setor de transformação de material plástico foi de US$ 1,3 bilhão.

Outro fator de preocupação, destaca Schmitt, é o câmbio, com a valorização do real dificultando a competitividade da cadeia nacional. Além disso, um problema enfrentado é a elevação de preços de algumas commodities agrícolas, como é o caso do milho. O aumento do custo desse cereal, explica Schmitt, que também é presidente da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief), impacta as rações de animais de estimação e, por consequência, reflete também no segmento de embalagens plásticas.

O dirigente lembra que em 2010 o setor do plástico começou a perceber uma recuperação a partir do segundo trimestre. No entanto, neste ano, Schmitt demonstra pessimismo quanto às expectativas futuras. O presidente do Sinplast-RS defende que para amenizar esse cenário é preciso realizar investimentos em modernização das fábricas e desenvolvimento de novos mercados. O que está sendo percebido no setor do plástico também pode ser notado no segmento de produtos químicos de uso industrial. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), no acumulado do primeiro trimestre de 2011, os índices de volumes desses itens apresentaram reduções em comparação a igual período do ano anterior: produção -5,32% e vendas internas -4,62%. Com relação aos preços, o indicador dos primeiros três meses do ano exibe elevação de 13,55%. Já o volume das importações subiu 21,6% nos três primeiros meses do ano.


FONTE: JORNAL DO COMERCIO

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