Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Indefinição sobre política do etanol põe em dúvida futuro do carro a álcool

Indefinição sobre política do etanol põe em dúvida futuro do carro a álcool

Fonte: Brasil@agro

O ano que passou teve queda de safra de cana e de produção do combustível, ao mesmo tempo em que a frota de carros flex aumentou.
O Brasil começa o ano de 2012 cheio de incertezas sobre um programa que já foi modelo para outros países. Uma série de reportagens do Jornal Nacional vai mostrar o que acontece com o nosso etanol. O ano que passou teve queda de safra de cana e de produção do combustível, ao mesmo tempo em que a frota de carros flex aumentou.

Na reportagem desta quarta-feira (4), Rodrigo Alvarez foi às ruas mostrar a complicada relação do consumidor brasileiro com um programa que não tem nenhuma regulação.

Será ainda ‘E’ de econômico? Ou a letrinha que anunciava o preço baixo do etanol agora está mais para ‘E’ de esquecido?

O brasileiro deu um tempo no etanol, e não foi por falta de amor. “O amor continua, mas precisa valer também a parte financeira”, brinca uma mulher.

O combustível, bonito por natureza, nosso por excelência, já foi uma pechincha. Mas agora, até quem não faz a conta porque tem um velho modelo que só roda com álcool percebe a diferença: “Pensava que seria melhor, mas hoje o álcool dá quase o mesmo valor da gasolina”, diz o pedreiro Clodoaldo.

Não precisa nem voltar ao tempo em que o carrinho do pedreiro Clodoaldo era um zero quilômetro. Em junho de 2009, na média nacional, um litro valia 56% do litro da gasolina.

É tão simples, que muito motorista faz as contas na calculadora do celular, por uma questão de diferença na eficiência dos combustíveis, se o álcool custar mais do que 70% do preço da gasolina, não vale a pena.

“É uma crise. É um problema típico de produto agropecuário, que pode passar por restrição de oferta em função de clima”, explica a economista Amaryllis Romano.

E como em toda crise, existe uma enxurrada de motivos: duas quebras de safra, menos cana, menos álcool. Ainda mais com usineiros aumentando a produção de açúcar para exportar.

Com tudo isso, nem a redução na quantidade de álcool que é misturada à gasolina ajudou nos preços. Tremenda calça curta.

“Não se planejou o crescimento da frota como deveria ter sido planejado. E não se planejando o crescimento da frota, não se planejou o crescimento das usinas e da área plantada”, avalia José Alberto Gouveia, do Sindicato dos Postos de SP.

É mais um momento de incertezas em uma história com alguns sobressaltos, que começa no tempo em que 80% do combustível que abastecia nossos carros vinha de fora do Brasil. Isso foi nos anos 70. Uma crise na oferta internacional de petróleo pegou o Brasil de surpresa e surgiu o chamado ProÁlcool, e chegou às ruas um carro para entrar na briga com o motor a gasolina.

Nos anos 80, veio a conquista do espaço. O movido a álcool ultrapassou a concorrência e em 86 chegou a quase 700 mil unidades vendidas. Depois de boas voltas na liderança, começou a faltar álcool nos postos e o brasileiro deixou o carrinho para trás. Até que, em 2003, aparece um novo modelo na pista: um carro, com dois combustíveis.

O flex já chega acelerado, assume a ponta em 2006, passa de 2,6 milhões de unidades vendidas em 2010 e, apesar de ainda ter mais de 80% das vendas, perde um pouco de velocidade pela primeira vez no ano passado. E agora?

“A população ficou um pouco apavorada porque tem gente que tem a memória do período em que, de fato, faltou álcool. O que não é a realidade hoje em dia”, afirma a economista Amaryllis Romano

A realidade hoje é uma quantidade cada vez maior de carros flex nas ruas brasileiras. Enquanto a produção do etanol hidratado, aquele que vai direto para a bomba, cresceu muito, mas perdeu fôlego em 2010 e tomou um tombo de 30% no ano passado.

Fim da linha? Longe disso: “Não tem uma frota capaz de usar um bicombustível em tão larga escala como está aqui. E a gente não deve abrir mão disso, não. Isso é um destaque, é um privilégio do consumidor brasileiro”, avisa a economista (Jornal Nacional, 4/1/12)

 

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Comentário de petrúcio josé rodrigues em 9 janeiro 2012 às 7:49

Júlio Caetano,

O americano afirma para  seus  filhos, logo nos primeiros  anos  de  vida  que: " o homem sem objetivos, torna-se um vagabundo,......".

Nossa  cultura administrativa, não tem esse enfoque, como pode-se comprovar com as  atitudes  de nosso ministro Fernando Bezerra.

Não queremos  tirar o mérito e os  direitos  do Estado de Pernambuco, porém, nota-se  a falta  de planejamento estratégico.

Estamos sempre  atirando no escuro, quando os  atiradores  de  elite, são estrategistas  ao extremo.

Observe o Japão, país  que  sofreu  tragédias com prejuízos incalculáveis, e, no momento eles já  comemoram  recuperação em  alguns  setores.

Trata-se  de  objetividade  nas  AÇÕES (decisões).

Nossos governantes, buscam sempre um motivo exuberante, para poder  tirar proveitos por  algum tempo. Logo, são substituídos  por outro motivo  qualquer.

O Proálcool, de  anos passados que  tinha  carácter plenamente político, com financiamentos  grandiosos e pouco produziu de benefícios para o País, ou seja para  o brasileiro  que  custeia toda a encenação de prosperidades.

O Programa Nacional do Álcool ou Proálcool foi criado em 14 de novembro de 1975 pelo decreto n° 76.593, com o objetivo de estimular a produção do álcool, visando o atendimento das necessidades do mercado interno e externo e da política de combustíveis automotivos. De acordo com o decreto, a produção do álcool oriundo da cana-de-açúcar, da mandioca ou de qualquer outro insumo deveria ser incentivada por meio da expansão da oferta de matérias-primas, com especial ênfase no aumento da produção agrícola, da modernização e ampliação das destilarias existentes e da instalação de novas unidades produtoras, anexas a usinas ou autônomas, e de unidades armazenadoras.

Em meio á crise do petróleo em 1975 no governo do Gal. Geisel que se deu a implantação do Proálcool.
O preço do barril de petróleo disparou no mercado internacional devido à OPEP controladora da produção ter ameaçado parar de produzir se não ouvesse almento. O preço passou de US$ 2.70 a US$11.20. Em 1973 ecom a guerra do Iraque e Irã o preço atingiu inicialmente US$14,50 atingindo o patamar de US$ 45 fazendo os países dependentes entrar em crise e o Brasil no bojo destes acontecimentos passou a buscar alternativas para minimizar sua dependência.O programa foi implantado em zonas onde ja havia a plantação e as usinas de cana -de- açucar.
Não havia tempo a perder.
As regiões tradicionais onde ja existiam estas usinas e plantações eram : Ribeirão preto,Sertãozinho, Igarapava, Campos dos Goitacases e principalmente a Zona da Mata do Nordeste.
Estas regiõe foram aproveitadas porque não havia tempo a perder e principalmente porque estas usinas passavam por uma crise devido ao mercado internacional do açucar com baixo preço.  
Os usineiiros foram largamente beneficiados.
Até 79 o Proálcool desevolveu lentamente, mas a partir da guerra  do Irã com o Iraque e a emeninente paralização das exportaçõe as industrias passaram a apoiar o proálcool montando os automóveis com o motor adaptado a esse combustível. Medo de parar de vender carros.  
Em 2004 a indústria altomobilistica

EVOLUÇÃO TÉCNICA E INVESTIMENTOS  PERMITIRAM AO  SETOR, ALCANÇAR PRODUTIVIDADE

ETAPAS DO PROCESSO                                                         1975                        1994

Capacidade de Moagem – t/cana/dia (*)                             5.500                    11.000

Extração (%)                                                                             93                           97

Tempo de Fermentação em Bateladas (horas x dornas)         24                             6

Eficiência de Fermentação (%)                                                80                           91

Teor Alcoólico do vinho para destilação (GL)                          

Comentário de Julio Caetano H. B. C. em 8 janeiro 2012 às 8:27

Não consigo entender; há uma grande demanda por Açucar e por Alcool combustível.
 Qual é a dúvida?
Investir ou não investir?
Usar recursos próprios, de acionistas ou do governo?
Se fosse na China os recursos seriam orientados pelo governo.
Como queremos que seja no Brasil?
Com certeza alguém sairá na frente; infelizmente não serei eu por não ser a minha práia.

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