Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Inflação caminha como quer o BC; juros podem cair mais

O IPCA de março, de 0,21,% foi uma surpresa. O mercado esperava 0,37%. Talvez não tenho sido surpresa para o Banco Central. Afinal, a equipe do Copom vem acreditando num recuo da inflação há muito mais tempo.

Antes de saber se a inflação vai mesmo baixar a ponto de chegar à meta, o mercado passou a acreditar em uma outra consequência da queda mais acentuada nos preços da economia. O movimento no mercado de juros futuros desta quinta-feira (5) indicou uma expectativa de que a Selic pode fechar o ano abaixo dos 9%.

Uma taxa de 9%, por um tempo mais longo, já foi bem sinalizada pelo BC em seus comunicados recentes. Mas se a inflação continuar surpreendendo para baixo, haverá uma brecha para que o Copom não pare nos 9%?

Tudo é possível, como sempre. A incógnita deverá se revelar dependendo do que acontecer na Europa, já que agora a tensão cresce em torno da Espanha. Há também que acompanhar o ritmo do crescimento da nossa economia para entender se ele pode ou não contagiar os preços logo ali na frente. Outro ponto importante é a remuneração da poupança, que precisa passar por ajustes se o governo quiser juros mais baixos para valer.

Já não é mais tão difícil encontrar quem tenha assumido que Alexandre Tombini, comandante do BC, vem acertando em seus cenários. Quem escutou o presidente do BC falando nos últimos dias sobre o atual quadro da economia brasileira percebe um certo conforto e segurança em suas expectativas.

Economista é mais tinhoso e demora para admitir que está errado, ou que, pelo menos, não estava tão certo assim. O Copom está confiante que a inflação deste ano vai ficar bem perto da meta de 4,5% este ano. Por enquanto, o mercado não acredita nesse resultado.

Talvez na divulgação do próximo boletim Focus, que traz semanalmente a uma média da expectativa do mercado para os principais indicadores da economia, a projeção para o IPCA de 2012 recue dos 5,27% apontados no último boletim.

Em abril, o IPCA deve vir mais pressionado por conta de reajustes já esperados nos preços de medicamentos, cigarros, além de vestuário e alimentação. Se o elemento surpresa insistir em aparecer, o mercado vai, mais uma vez, queimar neurônios para entender o que tudo isso pode causar na “cabeça” do Copom.

Esta busca constante pelos sinais e pelo entendimento sobre os próximos passos da política monetária tem razões diferentes, dependendo do personagem. Para o mercado financeiro, ela é importante para que os investidores tomem posições com seu dinheiro. Na economia real, a compreensão sobre o que pode acontecer pode determinar novos investimentos, contratos e expansão dos negócios.

A boa política monetária é aquela que mantém vivo o desafio dos personagens – porém com poucos solavancos e menos surpresas.

Fonte:http://g1.globo.com

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