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Instituto de Ronaldinho pediu aumento de 162% em repasse de dinheiro público

Por ESPN.com.br

Solicitação partiu do próprio irmão e agente do jogador, Roberto de Assis, no final de 2010, o que motivou o cancelamento de convênio por parte da Prefeitura de Porto Alegre (RS)

Ronaldinho Gaúcho ganhou as manchetes dos veículos de comunicação na reta final do Campeonato Brasileiro, mas não só nas editorias de esporte e sim nas de política. Tudo porque a entidade que leva seu nome, o Instituto Ronaldinho Gaúcho, virou alvo de investigação por suposto uso indevido de dinheiro público em convênios com a prefeitura de Porto Alegre. A história na íntegra está nas páginas da revista ESPN de dezembro, que chega às bancas nesta quarta-feira, dia 14.

A entidade, fundada pela família do jogador para prestar assistência e realizar atividades com crianças e
adolescentes carentes da zona sul da capital gaúcha, se vê envolvida em denúncias relacionadas a três iniciativas: Jogos Gaúchos de Verão, realização de oficinas para 1,7 mil jovens oriundos do sistema
prisional ou em situação de vulnerabilidade e o Letras e Gols.

Sobre o último, chama a atenção o aumento no valor por criança atendida pela entidade ao longo dos anos. Pelo convênio com a Secretaria da Educação, em 2008 o Instituto Ronaldinho Gaúcho recebeu
R$ 130,29 por cada aluno atendido. O valor passou para R$ 197,93 no ano seguinte e para R$ 229,13 em 2010.

De acordo com a própria prefeitura, no final do ano passado, o irmão e agente do jogador, Roberto Assis Moreira, exigiu um aumento de 162%, o que motivou a prefeitura a encerrar o contrato. "Tentamos
negociar, mas os valores aumentaram muito", afirmou à revista ESPN a secretária de Educação, Cleci
Jurach. As crianças que deixaram de ser assistidas foram deslocadas para outras instituições da zona sul da cidade.

Estimulados pela proximidade da disputa eleitoral de 2012, vereadores de oposição ao prefeito José Fortunati (PDT) trabalham para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a fim de investigar o destino de recursos públicos repassados ao Instituto Ronaldinho Gaúcho. Há inconsistências de até R$ 5,2 milhões na prestação de contas. A história completa você lê e entende na revista ESPN.