Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Invenções de Objetos Comuns que Mudaram o Mundo

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A exposição Hidden Heroes (Heróis Escondidos), no Museu da Ciência de Londres para além de celebrar os objetos cuja tecnologia facilitou o dia-a-dia, mas que nos dias de hoje passam despercebidos, também conta as histórias por trás das suas invenções.

Um museu que exibe os grandes progressos da ciência e da tecnologia não é provavelmente o lugar onde as pessoas esperariam encontrar em exposição objetos como clipes de papel, pregadores de roupa ou uma bolsinha de chá. Mas estes itens estão entre as estrelas de uma nova exposição que inaugurou esta semana no Museu da Ciência de Londres.

Durante esta exposição são contadas as histórias que levaram à invenção destes objectos comuns. Quem sabia, por exemplo, que a bucha para parafusos que milhões de pessoas no mundo usam diariamente foi inventada em 1910 por um engenheiro chamado John Joseph Rawlings? Este engenheiro tinha sido contratado para instalar equipamentos elétricos no Museu Britânico com a condição que as paredes deveriam sofrer o menor dano possível. Ele sugeriu então um artefacto feito de fibras de juta (fibra têxtil) saturadas com cola. Cinquenta anos depois um inventor alemão desenvolveu um artefacto de plástico que usa o mesmo princípio de "agarramento por expansão".

Também existe a história dos cabides para a roupa. Eles parecem muito simples, mas 189 patentes foram registadas para diferentes modelos entre 1900 e 1906. Uma delas era para um cabide inventado quando Albert Parkhouse chegou ao trabalho num dia frio de inverno e encontrou todos os ganchos para pendurar os casacos ocupados, então, nessa altura ele  transformou um pedaço de arame num cabide.

"Nem sempre existe um momento de eureca", comenta Sue Mossman, a especialista do Museu da Ciência que está a coordenar a exposição. "Por vezes existem alguns passos iniciais até se chegar ao produto perfeito", afirma. Segundo Mossman, o objetivo da exposição é fazer as pessoas pensarem sobre as coisas que usam no dia-a-dia, contando também a história sobre a revolução industrial.

“Nós precisamos de processos industriais e de manufatura antes de chegar a estas invenções. Sem arame trefilado não chegaríamos a um clipe de papel", observa.Os elásticos de escritório, por exemplo, chegaram em 1845, mas somente após o britânico Thomas Hancock e o americano Charles Goodyear terem descoberto que aquecer a borracha com enxofre, a vulcanização, transformava um material cru e instável em algo muito mais útil.

Entre os "Heróis Escondidos" está uma mulher. Em 1908, a dona de casa alemã Melitta Bentz inventou um eficiente filtro de café ao forrar um cone de metal com papel absorvente. Levou três décadas até que o coador evoluísse para a forma que tem hoje, mas apesar da chegada de todo tipo de máquinas modernas e caras, o simples filtro de papel é ainda a maneira mais fácil de se conseguir um bom copo de café em milhões de casas de todo o mundo.

Os produtos mais recentes que já parecem destinados à longevidade incluem as notas autocolantes fixadas em telas de computadores, em murais de avisos e em documentos em todo lugar, os famosos post-its. Tudo começou com um fracasso, no final da década de 60, quando o cientista americano Spencer Silver, do laboratório de investigação da empresa 3M, estava a tentar desenvolver uma cola super-forte. Em vez disso, ele desenvolveu uma cola fraca que permitia que as coisas fossem fixadas e descoladas com a mesma facilidade. Uma década depois, Arthur Fry, um colega de Silver, irritado com os marcadores de papel que caíam do seu livro durante ensaios de coral, decidiu cobri-los com a cola fraca. E assim nascia o post-it.

Ninguém vai encontrar nada que seja remotamente hi-tech na exposição.

Os visitantes que entrarem depois de verem um motor a vapor, uma espaçonave ou mesmo um smartphone noutro lugar do Museu da Ciência pode questionar-se que objetos como uma caixa de ovos ou um elástico estão a fazer num lugar que conta o progresso da tecnologia.

Mas, como Sue Mossman explica, as coisas supostamente comuns são com frequência extraordinárias. E quando questionada sobre qual dos objetos, entre um iPhone e um elástico , ainda estará em uso daqui a uma década, ela não teve dúvidas: "O elástico, porque até lá o iPhone será um dinossauro, porque não é simples o suficiente".

Dos clipes de papel ao post-it, os produtos simples e baratos já provaram que podem ter um apelo longevo e tornar alguns dos seus inventores muito ricos.Talvez os inovadores de hoje possam encontrar inspiração para os produtos do futuro entre os 'heróis escondidos' do passado.

Fonte:|http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=20&cid=45962&bl=1

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