Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Eu nem sonhava em nascer e ele já circulava em torno do poder, ou do “puder”, como diz. Puxou o saco dos militares quando estavam no comando da política, depois, por obra do acaso, tornou-se presidente da República no lugar de Tancredo Neves.

Em seu governo, o Brasil declarou a moratória da dívida externa, mancha que carregamos até hoje. A hiperinflação destruiu completamente o poder de compra da nossa moeda. O Maranhão, seu “feudo”, é simplesmente o estado com os piores indicadores sociais do país. Um novo estado, o Amapá, foi criado para garantir sua permanência no “puder”.

O ex-presidente Lula, em resposta à sua lealdade mafiosa durante a crise do mensalão, afirmou que ele não pode ser julgado como um “homem comum”. Tal declaração é a perfeita ilustração do patrimonialismo que ele representa melhor do que ninguém. A “coisa pública” tratada como “cosa nostra” pelos fisiológicos. O “coronelismo” nordestino tem em sua figura um ícone exemplar.

A lista poderia continuar ad infinitum. Difícil seria encontrar algum elogio a fazer em uma trajetória tão nefasta. O mais lamentável é que gente como ele acabou sendo associada ao conservadorismo no Brasil, manchando a reputação de uma linha de pensamento louvável, quando pensamos em Edmund Burke e companhia.

Foi um prato cheio para as esquerdas se fartarem também. Como era fácil bradar a bandeira da ética quando o inimigo a ser combatido era alguém como ele! Quem poderia ficar a favor do sistema, quando o sistema era representado por alguém assim? Tanto é verdade que em seu próprio feudo, após décadas de puro descaso, quem lidera as pesquisas é o PCdoB!

Não dá para aliviar. Vaiado e com medo de ser derrotado – apenas por isso – José de Ribamar, mais conhecido como Sarney, deve mesmo anunciar sua aposentadoria, desistindo de disputar mais uma vaga ao Senado com seus 84 anos. Já vai muito tarde. Só não digo que foi o pior político que o Brasil já teve porque certo metalúrgico consegue superá-lo nos estragos causados à nossa República.

Eles, aliás, se merecem. O Brasil é que não merece nenhum dos dois!

Rodrigo Constantino

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