Lucro da Petrobras cai 17% no 1º tri, para R$ 7,69 bi; supera expectativas
Por InfoMoney
Ebitda da companhia recuou 2% de um ano para o outro, de acordo com os números divulgados
SÃO PAULO - A Petrobras (PETR3, PETR4) registrou lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 7,69 bilhões no primeiro trimestre de 2013, queda de 15,51% do lucro líquido de R$ 9,214 bilhões visto no mesmo período em 2012. O resultado da estatal veio acima das projeções compiladas pelo Portal InfoMoney, que era de lucro líquido de R$ 7,25 bilhões no trimestre, de acordo com os analistas de BES, Planner Corretora e Bradesco/Ágora Corretora.
"Enfatizo aqui nossa confiança nas perspectivas de crescimento da produção de óleo e gás da Petrobras, iniciamos a operação de 2 unidades nesse trimestre", destaca Maria das Graças Foster, presidente da companhia. Ela acredita que a melhora do fluxo de caixa será gradual, não somente por conta do aumento de preços - mas como melhora da eficiência operacional e "busca pela excelência em custos".
Ela salienta que continua comprometida com a convergência dos preços no Brasil e no exterior, mas que a melhora da eficiência nas atividades operacionais é igualmente importante. "a adequada gestão do nosso portfolio de projetos, que nos dão a confiança de que alcançaremos as metas do PNG 2013-17 de forma a garantir o retorno esperado para nossos acionistas e investidores", destaca.
Receita e geração operacional de caixa
A receita de vendas da petrolífera no trimestre ficou em R$ 72,53 bilhões, superando em cerca de 10% o montante visto no mesmo período de 2012. Esse número ficou 0,82% acima da média das estimativas das três casas de research compiladas pela InfoMoney.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação) ficou em R$ 16,23 bilhões, mostrando piora de 1,76% em relação ao mesmo período do ano passado, quando essa linha atingiu os R$ 16,52 bilhões. Em relação às expectativas, o Ebitda veio 10,14% acima.
Resultado financeiro e custo de produtos vendidos
O resultado financeiro líquido da Petro foi negativo em R$ 1,39 bilhão, alta de 200% em relação ao mesmo período no ano passado, refletindo um ganho cambial sobre o endividamento líquido. Houve uma queda de 50% frente o que havia sido registrad nos últimos três meses do ano passado, quando a companhia vendeu Notas do Tesouro Nacional e obteve rendimentos sobre depósitos judiciais.
A petrolífera reportou ainda um decréscimo de 6% no custo dos produtos vendidos em relação ao quarto trimestre de 2012, atingindo R$ 53,67 bilhões. De acordo com a companhia, isso ocorre pela menor participação dos derivados importados no mix de vendas da companhia - já que a Petrobras é obrigada a importar gasolina para lidar com a demanda no Brasil.
Confira o resultado da companhia:
Resultado por segmento
A empresa mostrou resultados distintos em seus seis segmentos - E&P (Exploração e Produção), Abastecimento, Biocombustível, Gás & Energia, Distribuição e Internacional. Enquanto três deles apresentaram resultados melhores frente ao ano passado, outros três segmentos mostraram números piores.
O principal segmento da companhia, o de E&P (Exploração e Produção) teve ganhos líquidos de R$ 9,95 bilhões no trimestre, o que corresponde a uma queda de 20% frente ao período similar em 2012. "A redução do lucro líquido refletiu o menor volume de produção de petróleo e gás natural, aumento dos custos com depreciação e depleção, pessoal e afretamento de plataformas", avalia a companhia.
Já a produção nacional no primeiro quarto do ano teve leve queda de 5% para 2,31 milhões de barris de óleo equivalente por dia. "A produção de petróleo e gás natural reduziu em função do maior número de paradas, da interrupção da produção em Frade, da saída das plataformas SS-11 e P-34, além do declínio natural dos poços", destaca.
Abastecimento
A área de abastecimento mostrou uma leve melhora . O resultado negativo de R$ 4,25 bilhões foi levemente melhor que os R$ 4,59 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Isso é decorrência dos reajustes nos preços do diesel e gasolina no mercado interno, além dos impactos cambiais sobre os preços dos derivados atrelados ao mercado internacional.
É válido destacar que as importações de petróleo e derivados cresceu 13% atingindo 860 mil barris diários. A exportação caiu 43% passando de 714 mil barris para 406 mil barris por dia. "Menores importações de derivados devido ao aumento da produção e maior importação de petróleo em função do aumento da carga processada", salienta a companhia.
Gás & Energia, Biocombustíveis e distribuição
No segmento de Gás & Energia, houve um avanço de 24% no resultado líquido, chegando a R$ 878 milhões. Isso se deve a maior geração e melhores preços médios, como consequência do menor nível dos reservatórios.
No segmento de biocombustível, o resultado líquido negativo de R$ 48 milhões no primeiro trimestre deste ano é um crescimento de 9% perto dos R$ 44 milhões negativos no mesmo período em 2012. Houve redução das margens brutas das operações de biodiesel.
Por fim, a área de distribuição fechou o primeiro trimestre de 2013 com um lucro líquido de R$ 716 milhões, alta de 97% na passagem anual. "O aumento no lucro líquido decorreu do aumento nos preços médios de comercialização, em 9%, e do volume de vendas, que teve crescimento de 7%", finaliza a companhia.
1T13 1T13E* Variação 1T13/1T13E 1T12 Variação 1T13/1T12
Receita Líquida 72.5 35 71.946 + 0,82% 66.134 +9,68%
Ebitda 16.231 14.737 +10,14% 16.520 - 1,75%
Lucro Líquido 7.693 7.257 + 6,01% 9.214 -16,51%
*Projeções do BES, Planner Corretora e Bradesco/Ágora Corretora
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