Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Médicos de Cuba: Conselho Federal de Medicina critica duramente importação “irresponsável” de médicos estrangeiros e de brasileiros com diploma no exterior sem revalidação

Médicos cubanos (Foto: Gramna)

Médicos cubanos com a bandeira de seu país: depois da Venezuela, chegou a vez de serem exportados para o Brasil (Foto: Gramna)

NOTA DO CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONTRA A ENTRADA DE MÉDICOS ESTRANGEIROS

O Conselho Federal de Medicina (CFM) condena veemente qualquer iniciativa que proporcione a entrada irresponsável de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas de Medicina obtidos no exterior sem sua respectiva revalidação. Medidas neste sentido ferem a lei, configuram uma pseudoassistência com maiores riscos para a população e, por isso, além de temporárias, são temerárias por se caracterizarem como programas políticos-eleitorais.

O CFM e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) envidarão todos os esforços possíveis e necessários, inclusive as medidas jurídicas cabíveis, para assegurar o Estado Democrático de Direito no país, com base na dignidade humana. Este princípio passa a ser desrespeitado pela irreverência do Poder Executivo ao pretender ofertar à parcela maior e mais carente da população brasileira assistência à saúde sem segurança e qualificação.

Se a Constituição Federal não estipulou cidadãos de segunda categoria, então, o país não pode permitir que tais segmentos sejam atendidos por pessoas cuja formação profissional suscita dúvidas, com respeito a sua qualidade técnica e ética.

Ao contrário do que asseguram os defensores desta proposta, estudos indicam que os médicos estrangeiros tendem a migrar para os grandes centros a médio e longo prazos. No entendimento do CFM, a criação de uma carreira de Estado para o médico do SUS – com ênfase na atenção primária (com a previsão de infraestrutura e de condições de trabalho adequadas) – asseguraria a presença de médicos e um efetivo atendimento nas áreas distantes e nas periferias dos grandes centros.

Além disso, para o SUS se manter público, integral, gratuito, de qualidade e acessível a toda a população, o Estado Brasileiro não deve se furtar da responsabilidade de destinar-lhe mais recursos (um mínimo de 10% da receita bruta da União), buscando o aperfeiçoamento de seus serviços, dotando-os de infraestrutura e recursos humanos valorizados, para atender de forma eficaz e com equidade a população.

Conclamamos o Poder Legislativo; o Poder Judiciário; o Ministério Público; as entidades médicas; as universidades; a imprensa; e todos os movimentos da sociedade civil organizada a se posicionarem contra esta agressão à Nação e em benefício de um sistema público de saúde de qualificado.

Não podemos admitir que interesses específicos e eleitorais coloquem em risco o futuro de um modelo enraizado na nossa Constituição e que pertence a 190 milhões de brasileiros. O que precisamos é de médicos bem formados, bem preparados, bem avaliados e com estímulo para o trabalho. Tratar a população de maneira desigual é sinal de desconsideração e de desrespeito para com seus direitos de cidadania.

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

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Comentário de Romildo de Paula Leite em 9 maio 2013 às 10:16

    Se o Brasil não consegue formar  por ano a quantidade de médicos, necessários para o bom atendimento da população carente que morre nas ante salas de atendimentos dos hospitais públicos, por falta de atendimnto médico.

Que contratem os médicos cubanos, portugueses, espanhóis ou de qualquer parte do mundo que queiram trabalhar no Brasil.

Comentário de Elaine Bortone em 9 maio 2013 às 8:12

Sinceramente eu poderia concordar com  este fato absurdo de trazerem médicos de fora para o Brasil, por um único motivo, (não generalizando) mas pela falta de caráter e profissionalismo de muitos médicos, infelizmente existe muitos médicos que não tem consciência da sua profissão. Por outro lado não posso concordar com este absurdo! Veja na questão social, cada vez mais o Brasil esta recebendo estrangeiro, não se tem uma politica social nem para os que estão aqui, e como será com essa avalanche de pessoas vindo de fora! Sem contar Senhores para se formar medicina, já pensaram no custo pessoal de um  aluno? Isto tudo é reflexo de um governo sem critérios, haverá um contrato de permanência nestas áreas isoladas de quanto tempo?  Que justifique a vinda deles. O Brasil cada vez se perde mais, um governo sem planejamento social, um governo mascarado na mentira do consumismo, onde vamos parar? E Srs. Médicos faço jus vossa reivindicação, mas lembre-se que para ser médico é necessário VOCAÇÃO  e não DINHEIRO, este fato é bom para que vocês repensem e cobrem dos que estão sujando vossos nomes!

Comentário de Valdir Kuroski em 9 maio 2013 às 7:33

Concordo com você Romildo.  Precisamos de gestores mais competentes na Saúde (isto ocorre com inúmeras outras áreas).

Infelizmente, tenho percebido que o foco de nossos profissionais, desde a adolecência, tem sido exclusivamente Dinheiro, Riqueza, Bufunfa, . . .   Estão se esquecendo que salário bom deveria ser uma consequência da Competência e Qualidade do trabalho do profissional.  A busca incessante deveria ser pelo Conhecimento.  Esta é a verdadeira Riqueza.

 

Se nossos profissionais não atendem à necessidade do povo brasileiro, ou não querem trabalhar em lugares distantes dos grandes centros, que venham os estrangeiros, mas que tenham sua competência colocada à prova a todo momento.

Comentário de Fernando Jose Cuenca da Câmara em 8 maio 2013 às 20:23

Concordo com todos as opiniões.

Verbas existem; mal administradas ou roubadas.

Tem que respeitar e ouvir a CFM e CRM.

Além de que; estes profissionais virão falando a língua Espanhola de Cuba, com seu respectivo sotaque; quem irá entende los ?

Enfim, o fato é que tem imensa concentração de Drs. nos grandes centros, muitos mal remunerados trabalhando exaustivamente e sem motivações para se deslocarem para outras regiões do País.

Há que buscar outras soluções.

Comentário de Romildo de Paula Leite em 8 maio 2013 às 9:20

  Verbas para a saúde não faltam, o que é preciso são gestores competentes que consigam controlar os desvios e acabarem com as corrupções nos hospitais municipais , estaduais e federais.

 Devem sim contratarem médicos competentes de qualquer lugar do mundo para clinicarem no brasil, acabando com esse corporativismo.

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