Os vendedores têm bons motivos para sorrir: 2010 foi um bom ano para quem vive de comissão. É o caso do Francisco Galdino Neto, que ganhou 50% a mais do que 2009. Com o dinheiro extra, arrumou a casa.
“Com o dinheiro que eu ganhei aqui, com a comissão que a gente ganha, a gente vai guardando aquele dinheirinho, vai comprando, comprando, vai guardando. Investi numa construção e está lá hoje”, diz o vendedor.
O comércio cresceu 10,3% no ano passado, de acordo com levantamento feito pela Serasa Experian. O grande destaque ficou com lojas que vendem material de construção. Depois de um tombo em 2009, reflexo da crise internacional, o brasileiro voltou a investir num sonho de longo prazo, o da casa, construída ou reformada.
A professora Lúcia Ramos construiu uma casa na praia e agora está reformando um apartamento em São Paulo. “Eu acho que é uma boa construir. Mesmo porque comprar pronto é muito sem graça. Não tem a sua parte, não tem o seu tempero”, afirma.
As vendas de material de construção subiram 17% no ano passado. “Em 2010, com o aumento da oferta de crédito e também o bom desempenho do mercado imobiliário, foi um segmento que teve um desempenho muito favorável. Crédito, confiança e massa salarial beneficiaram o setor de material de construção”, diz Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.
Mas a variação de preços dos materiais de construção afetou o bolso de quem comprou um imóvel novo. Isso porque a alta do cimento, por exemplo, entrou no cálculo do INCC, a inflação da construção civil, que vem subindo. Em 2009, o acréscimo nas parcelas foi de 3%, e no ano passado, mais que dobrou.
“O INCC é composto por dois fatores: a variação de mão-de-obra e a variação dos materiais, lembrando que é o índice utilizado para correção dos contratos dos imóveis em construção, eles corrige as prestações das pessoas que adquiriram imóveis ainda em construção”, diz Flávio Prando, vice-presidente de habitação do Secovi-SP.
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