Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Metade das empresas da região (Americana) fecha após crise

Levantamento do Sinditec aponta quebra de mil unidades do setor têxtil em 20 anos

Concorrência asiática motivou demissões na Tavex-Santista

Duas décadas depois do início da derrocada do setor têxtil em Americana e demais cidades da RPT (Região do Polo Têxtil), motivada por planos econômicos fracassados no início do governo do então presidente Fernando Collor de Mello e da abertura do mercado nacional para a invasão de produtos asiáticos - produzidos e vendidos a valores módicos -, o setor estima que 50% das empresas que existiam à época - início da década de 1990 - tenham sido extintas, reduzindo de dois mil para mil o número de empregadores no ramo.

As crises subsequentes têm sido travadas a muito custo e o saldo negativo tem roído o lado mais fraco da corda: o empresariado local.

No "calo" dos governos estadual e federal, requisitam com urgência permanente que o problema seja visto com olhos mais atentos - não apenas o setor têxtil e de confecção, mas sim toda a indústria reivindica tal postura.

Além do corte de 50% das empresas, porém, a crise pode ser ainda pior, pois as menores empregadoras que continuam em pé "respiram com a ajuda de aparelhos", com o corte de turnos de trabalho e diminuição da produção.

Identificar qual o tamanho da transformação de maneira precisa, contudo, não é tarefa das mais fáceis.

As entidades representativas do setor, tanto por parte dos empresários como do lado dos trabalhadores, não possuem um controle exato de quantas empresas fecharam as portas ano a ano.

Os dados obtidos com exatidão são de 2010, de acordo com levantamento do Sinditec (Sindicato das Indústrias de Tecelagens de Americana, Nova Odessa, Santa Bárbara D'Oeste e Sumaré).

As associações comerciais e empresariais possuem controle apenas de associados.

A Prefeitura de Americana também foi consultada pelo LIBERAL sobre o balanço da abertura e fechamento de empresas do ramo nos últimos anos, mas a Secretaria de Planejamento não informou os números solicitados.

É com pesar que o setor enfrenta a realidade de Americana ter perdido o título de "cidade que veste o Brasil", como diz a letra do hino do município, para Xangai, Pequim, Hong Kong, ou qualquer vilarejo chinês.

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