Perto de completar um ano de sua indicação para o comando do Ministério da Fazenda, Joaquim Levy diz que um de seus maiores arrependimentos é não ter dado ênfase suficiente às políticas voltadas ao crescimento. Criticado pelo foco excessivo dado ao ajuste fiscal, Levy disse ao jornal O Estado de S. Paulo que seu compromisso é com a retomada da atividade econômica. "Vejo com preocupação a postergação de ações indispensáveis para a política econômica, senão teremos mais um ano difícil à frente. Meu compromisso é com a retomada do crescimento, com a política econômica", disse.
Questionado se o governo cortaria 100% das despesas, Levy respondeu que, se for necessário, há uma preparação para "limitar as movimentações de recursos". "Vamos fazer o possível. Se for necessário fazer o corte, vamos fazer. Vamos cumprir a recomendação do TCU."
Levy antecipou que o governo vai anunciar na próxima segunda-feira um corte de todos os recursos disponíveis para gastos até o fim do ano, para não incorrer em infração no fechamento das contas de 2015, já que o Congresso não votou a mudança na meta fiscal deste ano - ainda está em vigor a obrigação de fechar 2015 com um superávit primário de 1,1% do PIB. Por isso, o governo se verá obrigado a contingenciar 107,1 bilhões de reais, mas há somente 10,7 bilhões de reais à disposição para cortes.
Além disso, sob ameaça real de o Congresso aprovar um Orçamento para 2016 sem superávit, Levy afirma ser necessário "focar todas as energias" na aprovação da meta do ano que vem até dezembro, para que o ano seja marcado pela recuperação da economia. "Não tenho problemas em pedir apoio. Na hora H, em inúmeras vezes, o Congresso não faltou."
Durante uma hora e quarenta minutos de entrevista, o ministro pediu licença sete vezes para atender telefonemas em seu gabinete, na sala ao lado, como o do senador Romero Jucá (PMDB-RR), que avisou que vai propor uma meta de superávit primário zero no próximo ano. Levy também frisou que o governo agora tem de mirar na agenda de retomada do crescimento em 2016. "Temos de fazer a economia rodar no ano que vem."
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