Primeira reunião do ano do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação teve participação do ministro da Fazenda e 170 representantes de empresas e ICTs.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu a convergência com as pautas econômicas e de inovação do setor produtivo na reunião do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que aconteceu nesta sexta-feira (21), no escritório da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em São Paulo.
Diante de 170 representantes da iniciativa privada (entre CEOs e diretores de grandes empresas), academia e instituições de ciência e tecnologia, o ministro pediu às lideranças para elencar as principais necessidades e os gargalos relativos às atividades de inovação e encaminhar ao ministério para abrir uma agenda de trabalho conjunta.
“Mesmo que arrume a macroeconomia, o salto quântico vem com a inovação. Precisamos de coordenação maior de ações para fazer uma política de Estado. Essa é a importância de fóruns como esse, transformar determinadas agendas em política de Estado, brigar para não mexerem em certas coisas que dão resultado em médio e longo prazos”, afirmou Haddad.
O presidente da CNI, Ricardo Alban, agradeceu a presença do ministro na reunião. “Essa foi a oportunidade para o ministro Haddad conhecer o que nós fazemos na MEI, porque o que discutimos aqui é o futuro. A tecnologia e a inovação vão construir um futuro mais sustentável junto com as políticas públicas voltadas para isso”.
O ministro Haddad citou como exemplo de políticas relevantes o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), a Lei do Bem e o plano nacional de data centers, apresentado recentemente ao presidente Lula. “O plano combina transição ecológica com transformação digital. Estamos importando serviço de data center, tendo a energia mais barata do mundo. Depois de sete meses de debate no governo, apresentamos um programa de atração de investimentos”, antecipou o ministro.
No ano passado, o FNDCT alcançou o maior valor de orçamento e execução, depois de alguns anos de contingenciamento: R$ 12,7 bilhões. Já a Lei 11.196/2005, chamada de Lei do Bem, está em discussão no Congresso Nacional para aprimoramentos depois de 20 anos de vigência. O coordenador da MEI e vice-presidente sênior da Siemens Energy para América Latina, André Clark, destacou o envolvimento do fórum nas discussões sobre um dos melhores instrumentos de incentivo a pesquisa e desenvolvimento (P&D) no país. “Você tem aqui nessa sala cerca de 80% das empresas que se beneficiam da Lei do Bem atualmente”.
A realização da COP30 no Brasil, em novembro, e o Sustainable Business COP (SB COP) também estiveram na pauta da reunião. O presidente Alban e o chair da SB COP, Ricardo Mussa, apresentaram ao ministro o grupo empresarial que vai levar contribuições do setor privado às negociações da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas.
“Estamos copiando a estrutura do B20, mas para a COP. O setor produtivo esteve, por alguns anos, distante da COP, então essa iniciativa da CNI vem para aproximar. Se 80% do PIB vem do setor produtivo e 84% das emissões, então as soluções virão do setor produtivo também”, justificou. O grupo espera deixar um legado, para que as próximas conferências repitam a iniciativa.
Por fim, o ministro listou os impactos das medidas do governo de crédito e de corte de gastos e exaltou a aprovação da Reforma Tributária. “Um grupo qualificado como esse pode ajudar o governo, assim como nasceu a Embrapii, muita coisa boa pode vir daqui”.
A Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) foi criada pela CNI em 2008 para estimular as políticas de apoio à inovação e a competitividade do setor industrial brasileiro. O fórum reúne representantes de cerca de 700 empresas, academia e o setor público, que atuam em três instâncias de trabalho, com reuniões periódicas: o Comitê de Líderes, nove Grupos de Trabalho (GTs) e os Diálogos da MEI.
Por: Amanda Maia
Fotos: Gabriel Pinheiro/CNI
Da Agência de Notícias da Indústria
https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/inovacao-e-tecno...
Para participar de nossa Rede Têxtil e do Vestuário - CLIQUE AQUI
Bem-vindo a
Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI
© 2025 Criado por Textile Industry.
Ativado por
Você precisa ser um membro de Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI para adicionar comentários!
Entrar em Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI