O auditor Eduardo Cerqueira Leite e o diretor do Santander Reginaldo Antônio Ribeiro são acusados de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. De acordo com os procuradores que assinam a peça, os crimes aconteceram em 2013 e 2014. Segundo os procuradores, o auditor da Receita Eduardo Cerqueira Leite tinha conhecimento sobre tributação envolvendo instituições bancárias e cobrou propina por atos que tomaria no exercício do cargo.
Pela denúncia, o Santander teria se beneficiado de decisões favoráveis tomadas no âmbito da Delegacia Especial da Receita de Instituições Financeiras em São Paulo (Deinf-SP) através de um contrato simulado com um intermediário de Cerqueira Leite. O benefício do banco com as exonerações fiscais alcançadas, segundo a denúncia, chega a R$ 83 milhões. Os procuradores do Distrito Federal incluíram na denúncia e-mails do auditor a intermediários que faziam os contatos com bancos. Segundo a denúncia, o Santander pagou quase R$ 5 milhões em contrato aos intermediários e ao auditor da Receita. Segundo a acusação, os crimes avançariam por 2015 não fosse a deflagração da Zelotes.
Outro lado
Procurado, o Santander informou que não foi notificado. Sobre a utilização dos serviços de recuperação de créditos fiscais por parte da Lupe Consultoria, a instituição esclarece que "o contrato foi firmado em 2013, seguindo critérios rígidos de compliance, que comprovaram a não existência, à época, de qualquer fato que desabonasse a empresa ou seus sócios".
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