Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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"Não dá para acusar Eike de má-fé", diz André Esteves

"Não dá para acusar Eike de má-fé", diz André Esteves

Por InfoMoney

SÃO PAULO - O presidente do BTG Pactual (BBTG11), André Esteves, disse, em entrevista à revista Veja deste sábado (20), que, "mesmo com toda decepção, não dá para acusar Eike de má-fé. Ele foi, afinal, quem perdeu mais dinheiro".

Segundo Esteves, o otimismo que reinou na OGX (OGXP3), braço de petróleo do Grupo EBX, foi o começo da ruína do império de Eike. "Durante muito tempo, reinaram na OGX uma confiança e um encantamento exagerados, como se todos ali tivessem esquecido quão arriscado é o negócio de petróleo. Aí começaram a aparecer as dificuldades, mas sempre houve a esperança de que uma perfuração de última hora pudesse salvar a situação", disse.

E mais adiante, o executivo complementa: "os executivos da OGX tentaram o que podiam, até alguém decidir que não valia mais a pena insistir. É como um paciente que o médico tenta curar, curar, mas a certa altura percebe que não há mais saída e desliga os aparelhos". Mas, apesar da situação complicada na qual o grupo encontra-se, Esteves defende que, se depender dele, "o Eike sairá pela porta da frente - ainda que com muitos prejuízos para ele e para os investidores".

Esteves assumiu, no início do ano, uma das mais espinhosas missões de sua carreira: ajudar o empresário Eike Batista a desatar o nó do grupo EBX - num acordo que previa uma espécie de assessoria para recuperar a credibilidade das empresas "X" perdida nos últimos tempos.

De lá para cá, os problemas do grupo aumentaram e culminaram no anúncio, do dia 1º deste mês, de que o principal campo da OGX de exploração era inviável. A ação da companhia, que chegou a ser cotada em torno de R$ 23 em 2010, passou a valer R$ 0,50, segundo fechamento da última sexta-feira (19).

Por conta da derrocada, uma série de notícias começaram a pipocar na mídia nas últimas semanas envolvendo o empresário, que vão desde acusação de "insider trading" envolvendo recentes vendas de ações da petrolífera até movimentações de acionistas minoritários na busca para tentar recuperar algum valor dos ativos da companhia.

Na última quinta-feira (18), o Valor Pro publicou uma carta do empresário na qual afirma que, se ele pudesse voltar atrás, não recorreria ao mercado de ações. Aquela foi a primeira vez que Eike comentou sobre a crise do grupo.

O empresário afirmou que havia falhado e decepcionado muitas pessoas, em especial por conta da reversão de expectativas da OGX, mas, por outro lado, era "injusto e inaceitável" ouvir dizer que induziu deliberadamente alguém a acreditar em um sonho ou uma fantasia.

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Comentário de MILTON SCORZA em 22 julho 2013 às 18:57

Nada contra assumir riscos. Empresario bem sucedido é aquele que antes errou muito. O que espanta no caso OLX é ver a quantidade de importantes  grupos financeiros nacionais e internacionais, que não somente avalizaram os empreendimentos do Sr Eike mas colocaram seus ativos neles. Em escala menor foi o mesmo fenômeno das ponto com. Entretanto eu - simples cidadão nos meidados dos 70, também investi compulsoriamente nas empresas X e perdi. Confiei apesar do histórico que o BNDES seria meu lidimo corretor de investimentos mas não correspondeu minha expectativa de cidadão. E nem a de todos os pagadores de impostos. Uma parte importante da perda é virtual sem duvida. Mas no caso do Banco Oficial ha muito dinheiro colocada na frente. Quanto? Algum dia saberemos? Esses abusos de recursos públicos terão um fim?   

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