Industria Textil e do Vestuário - Textile Industry - Ano XVI

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Nanotecnologia oferece oportunidades de inovação na pesquisa algodoeira

Fonte:|cnpa.embrapa.br|

A Embrapa Algodão está desenvolvendo atividades com base na novíssima técnica de Nanotecnologia aplicadas ao algodão, principalmente na área de fibras. Por meio do Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio, sediado na Embrapa Instrumentação Agropecuária, em São Carlos, o pesquisador da unidade, João Paulo Saraiva Morais iniciou, nos últimos meses, atividades de pesquisa com a fibra de algodão, em estudos de caracterização tanto de fibras de diferentes variedades de algodão, quanto dos compósitos (materiais híbridos, com características singulares, provenientes da união de dois diferentes materiais originais) produzidos a partir dessas fibras.

“Na Embrapa Algodão iniciamos pesquisas relativas a tratos culturais, fibras e resíduos da cadeia produtiva. A Nanotecnologia pode auxiliar na cadeia produtiva do algodão desde o preparo da semente até à indústria da fiação. Na Embrapa Algodão, devemos acelerar as pesquisas tanto por meio de parcerias com outras unidades da Embrapa, quanto com outros Centros de Pesquisa, como por exemplo as Universidades, e com produtores e industriais. Acreditamos que a Nanotecnologia tem muito a oferecer a todos os atores desta importante cadeia produtiva”, comenta Saraiva.

O especialista diz que a Nanotecnologia é uma ciência que trabalha simultaneamente com diversas áreas, e que aumenta a competitividade dos setores por meio da inovação. “Dentre as vantagens que a Nanotecnologia pode trazer para o algodão, podemos citar a redução de custos, a agregação de valor a materiais anteriormente descartados, a criação de novos mercados e o lançamento de produtos inovadores no mercado”, acrescenta.

Ele informa que a estatal, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio, elaborou compósitos com fibras de algodão para aplicações estruturais e desenvolveu polímeros que poderão ser aplicados às fibras de algodão, conferindo propriedades inovadoras. “Esta área está em expansão no país, com aumento dos investimentos, ampliação da infra-estrutura de pesquisa e contratação de novos recursos humanos, como, por exemplo, tem ocorrido na Embrapa. Apesar de ser uma área que depende de alguns equipamentos caros e, por ser relativamente nova, ainda haver carência de pessoal, a Nanotecnologia possui diversos procedimentos que podem ser realizados a baixo custo, e também estão ocorrendo novas contratações”.

João Paulo diz que é importante salientar que, apesar do nome Nanotecnologia ser novo, e envolver equipamentos e materiais desenvolvidos no final do século XX, a humanidade já vem trabalhando há séculos com materiais nanoestruturados, como, por exemplo, nanopartículas de ouro em vitrais de catedrais européias. “Nas últimas décadas, houve um aceleramento na Ciência e na Tecnologia da manipulação de átomos e moléculas, com o desenvolvimento de novos equipamentos. Há análises que não podem ser feitas sem esses aparelhos, mas eles podem ser compartilhados por outros cientistas e por outras análises”, observa o pesquisador da Embrapa Algodão.

Segundo Saraiva, desde o final do século passado, já há investimento público na área de Nanotecnologia, inicialmente em semicondutores, e depois ampliada para outras áreas de conhecimento. A maioria dos editais lançados elencam a Nanotecnologia como uma área estratégica, tanto por ela ser um auxílio ao progresso de outras áreas, quanto por ter potencial para o desenvolvimento relativamente rápido de inovações passíveis de proteção. “A Embrapa, por meio de editais próprios, criou a Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio, composta por 19 unidades da Embrapa e por 17 centros acadêmicos de excelência no país.

No exterior, várias empresas investem no desenvolvimento de tecidos inteligentes e fibras funcionais, como tecidos que controlam odores indesejados, ou que sujam menos, ou mesmo que protegem as pessoas que os vestem”, comenta. Segundo ele, no Brasil, há empresas também que investem na Nanotecnologia, principalmente para o desenvolvimento de roupas funcionais, e a Embrapa se faz presente para atender às demandas que lhe forem apresentadas.


REDAÇÃO: DALMO OLIVEIRA - Registro profissional. MTb/PB N.º 0598
Com informações de João Paulo Saraiva
Contatos: (83) 3182. 4361- e-mail: imprensa@cnpa.embrapa.br
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